PS de Bragança acusa de Governo de esconder extinção de finanças até às eleições

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Porto Canal / Agências

Bragança, 21 abr (Lusa) -- O presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, Jorge Gomes, acusou hoje o Governo de esconder o mapa das repartições de finanças que vão encerrar no país até depois das eleições europeias de maio.

"O Governo não tem coragem de pôr cá fora o mapa sem deixar passar o ato eleitoral", afirmou o dirigente socialista, acusando os partidos da coligação (PSD e CDS-PP) de estarem a "deixar passar o processo eleitoral para não terem prejuízos eleitorais com isso".

O Governo comprometeu-se a encerrar metade das repartições de finanças do país até ao final de maio, de acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), conhecido hoje.

Apôs a divulgação do memorando, fonte oficial do Governo disse à Lusa que "o encerramento de serviços de repartições de finanças não foi objeto de discussão na 11.ª avaliação da 'troika' e que "não houve por isso, qualquer alteração ao que consta no memorando de entendimento inicial".

Em outubro de 2013, o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos divulgou dados que apontavam para o encerramento de 154 serviços, ou seja metade das atuais repartições de Finanças do país.

De acordo com esses dados, o distrito de Bragança perdia nove das atuais 12 repartições, ficando com os serviços tributários apenas na capital de distrito, Bragança, em Mirandela e em Vila Flor.

O compromisso do Governo que consta do memorando conhecido hoje gerou reações como a do presidente da distrital de Bragança do PSD, José Silvano, que afirmou à Lusa que só concordará com o encerramento de serviços públicos como as Finanças nesta região se for negociado com os municípios e se estes aceitarem.

"Serei frontalmente contra se o Governo tomar a decisão sem negociar com os municípios e se estes não aceitarem", indicou.

Em declarações à Lusa, o presidente da Federação de Bragança do PS reclama também que "nada deve ser feito sem que haja conversações com os autarcas".

"O PS sempre defendeu que, em tudo que altere os benefícios que os cidadãos têm, deve ser sempre privilegiado o diálogo com os autarcas, sob pena de as atitudes que vierem a ser tomadas serem mais prejudiciais do que se houver esse diálogo", frisou.

O dirigente socialista entende que o encerramento de serviços "é uma forma de abandonar a região" e acusa o Governo de "não ter a mínima preocupação com toda a orla que pega com Espanha".

Jorge Gomes manifestou ainda desconfiança relativamente à possibilidade de as finanças e outros serviços públicos virem a ser concentradas nos novos gabinetes de atendimento de proximidade ao cidadão.

"Se os serviços fossem concentrados para melhorar o serviço ao cidadão, estávamos de acordo, mas este Governo age sempre só por razões economicistas ou para despedimento de mais funcionários públicos", declarou.

HFI (EA/ND/VC) // HB

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