João Semedo (BE) contra "moralismos anquilosados" na luta contra a droga

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Porto Canal

O coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo acredita que a maioria PSD/CDS viabilizará a reativação das "salas de chuto", advertindo que no combate à toxicodependência Portugal pagou caro atrasos por causa de "preconceitos" e "moralismos anquilosados".

Em declarações à agência Lusa, João Semedo defendeu que, nos últimos anos, Portugal adotou um modelo de prevenção e de tratamento da toxicodependência elogiado internacionalmente.

"O nosso modelo tem obtido muito bons resultados e tem conquistado a adesão de um maior número de profissionais, mas também tem conquistado uma maior adesão ao nível político-partidário. O que o Bloco de Esquerda defende já existe na lei, como a distribuição gratuita de preservativos, a troca de seringas ou as salas de injeção assistida", referiu.

Ou seja, segundo João Semedo, a resolução do Bloco de Esquerda em matéria de prevenção e combate à toxicodependência "não se traduz em nada de novo, a não ser a força que as necessidades atuais dão a cada uma dessas respostas".

"Espero que, por razões de preconceito e de falsos moralismos, não se coloquem dificuldades políticas para aprovar estas medidas. Tanto mais que já se percebeu que o problema da toxicodependência não se trata fingindo que não existe", advertiu.

Pelo contrário, para o médico dirigente máximo do Bloco de Esquerda, a toxicodependência previne-se e combate-se "encarando o problema de frente e assumindo as medidas necessárias".

"Portugal já pagou caro que, por razões de conservadorismos e de um certo moralismo anquilosado, se tenha demorado muito tempo a aprovar e a colocar no terreno estes modelos de controlo de danos e de redução de riscos - os pilares da intervenção em Portugal no domínio do combate à toxicodependência", acrescentou.

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