Santa Marta de Penaguião ajuda desempregados em meses de pouco trabalho na vinha

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Porto Canal / Agências

Santa Marta de Penaguião, 19 jun (Lusa) -- Trinta e seis desempregados de Santa Marta de Penaguião vão trabalhar até agosto em arranjos de caminhos ou pintura de edifícios, no âmbito de um programa lançado pelo município que vai custar 90 mil euros.

O presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Francisco Ribeiro, afirmou hoje à agência Lusa que a autarquia retomou em junho, e pelo terceiro ano consecutivo, o 'Programa + Emprego', que tem como objetivo dar trabalho neste período em que quase não há que fazer nas vinhas do Douro.

Inserido em plena Região Demarcada do Douro, o concelho de tem como principal atividade económica a vitivinicultura.

"O granjeio está feito. Depois de se deitar o sulfate e os herbicidas há pouco que fazer nas vinhas e, portanto, a câmara tem levado por diante um programa para ajudar os trabalhadores agrícolas", referiu.

Ao todo, são 36 os trabalhadores que foram espalhados pelas 10 juntas de freguesia do concelho.

À câmara, cabe o pagamento de uma mensalidade equivalente ao ordenado mínimo a cada um, mais as comparticipações para a Segurança Social.

As juntas de freguesias designam os trabalhos que podem ir desde limpeza de caminhos ou pintura de edifícios, escolhem os trabalhadores, que não podem ser reformados ou beneficiários do Rendimento Social de Inserção ou de subsídio de desemprego, e pagam o subsídio de alimentação e o seguro.

"Isto ajuda-nos a dar sustento a estas famílias e permite que as juntas façam um conjunto de tarefas de que outra forma não era possível", salientou Francisco Ribeiro.

O presidente afirmou que se trata de um "programa inédito, justo e que tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida de um conjunto de pessoas".

"De outra forma, não sei como iriam pagar a água e a luz durante estes três meses", frisou.

Depois, em setembro, com o início das vindimas no Douro aumenta a oferta de trabalho neste território.

O autarca referiu que a procura para integrar este programa tem aumentado ano após ano e lamentou que, por falta de verbas, a câmara não possa aumentar o número de beneficiários.

O programa custa à câmara de Santa Marta de Penaguião cerca de 90 mil euros.

Francisco Ribeiro salientou ainda que o setor vitivinícola está a atravessar "uma crise brutal".

"Os produtores recebem muito pouco pelo vinho. Em alguns casos, nem dá para pagar os custos de produção e por isso reduzem para o essencial os trabalhos feitos na vinha, o que leva a que cada vez menos contratem mão de obra", referiu.

Em consequência, são muitos os trabalhadores agrícolas que já não "arranjam jornas", um cenário que fica "ainda mais negro" nos meses de junho a agosto, em que são poucos os trabalhos que se fazem na vinha neste período que antecede as vindimas.

Assim, segundo o autarca, a vinha que "antigamente era o refúgio daqueles que não tinham emprego e daqueles que não aprendiam a arte", hoje "já não é nenhuma fonte empregadora".

PLI // JGJ

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