Evadidos do Tribunal de Instrução Criminal do Porto recusam falar no início do julgamento

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Porto Canal com Lusa

Trofa, Porto, 02 set 2020 (Lusa) -- Os três homens que fugiram em outubro de 2018 do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto começaram hoje a ser julgados na Trofa, mas recusaram prestar declarações ao coletivo de juízes.

O julgamento, que se realiza no Auditório Fórum XXI, na Trofa, envolve mais cinco arguidos e reporta-se também a roubos violentos a idosos.

Um destes cinco arguidos, de 76 anos, reformado, e acusado pelo crime de recetação de artigos furtados foi o único que falou para assumir a culpa e pedir desculpa.

Esta informação foi avançada pelo Correio da Manhã, depois de a Lusa não ter sido autorizada a assistir à audiência, ao contrário dos profissionais do CM, JN e SIC, por alegada falta de espaço, o que motivou já uma queixa ao Conselho Superior da Magistratura.

À saída, a advogada de um dos arguidos que fugiu do TIC Porto, Cristiana Carvalho afirmou que o seu constituinte não falou hoje, mas "previsivelmente" irá fazê-lo noutra fase.

Em causa está, neste processo, a prática de crimes como roubo qualificado, recetação, burla informática, evasão e tirada de presos.

Segundo uma nota da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P), dois dos oito arguidos estão acusados de 30 crimes de roubo, um dos quais na forma tentada, 26 de furto qualificado, seis na forma tentada, três de burla informática, um de evasão e um de detenção de arma proibida.

De acordo com o despacho de acusação, os dois principais arguidos, entre março e outubro de 2018, essencialmente durante a noite, escolhiam casas unifamiliares cujos donos tivessem idade avançada e, através de arrombamento de portas ou janelas, levavam bens em ouro e prata, relógios e dinheiro.

Cobrindo os rostos com as mãos, para dificultar a sua identificação, os suspeitos exerciam violência física ou psíquica sobre as vítimas em mais de metade dessas situações, referiu.

A PGR-P esclareceu que os crimes de evasão e tirada de presos estão relacionados com a fuga de três dos oitos arguidos do TIC do Porto, em outubro de 2018, enquanto aguardavam o transporte para a cadeia, depois de lhe ter sido aplicada prisão preventiva.

"Nessa ocasião, beneficiaram da conduta de uma das arguidas que lhes proporcionou a chave, depois de a ter retirado sub-repticiamente do local onde se encontrava, e mais tarde da conduta da última arguida que, para garantir o sucesso da fuga, lhes providenciou por um local onde se puderam esconder", adianta a procuradoria.

Estes três homens -- dois irmãos e um sobrinho - acabaram detidos no dia seguinte à fuga.

Na nota, a procuradoria refere que o MP pediu a perda a favor do Estado de um carro, arma de fogo e mais de 120 mil euros.

SVF (JGJ) // JPF

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