Pedro Sánchez: "Julho é o mês para um acordo na Europa"

| Política
Porto Canal com Lusa

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, frisou hoje que "julho é o mês para um acordo na Europa" sobre o orçamento plurianual da União Europeia (UE) e o fundo de recuperação pós-pandemia.

"O mês de julho é o mês para um acordo na Europa", disse Pedro Sánchez à imprensa, em Lisboa, após um encontro com o primeiro-ministro português, António Costa.

Quanto ao fundo de recuperação, destinado a ajudar os países e setores mais afetados pela pandemia de covid-19, Sánchez salientou três aspetos que considerou "fundamentais": que o montante proposto pela Comissão Europeia (750 mil milhões) não seja reduzido, que a maior parte das verbas sejam canalizadas por transferências e que o tempo para a aplicação desses recursos seja amplo.

"Como dizemos todos a nível nacional, a unidade salva vidas, empresas e empregos (...) e pode também reforçar o projeto europeu. Por isso é fundamental que todos estejamos conscientes de que o mês de julho é o mês para um acordo", disse Pedro Sánchez.

O chefe do Governo de Espanha admitiu que vai ser "uma negociação difícil", mas insistiu que os 27 têm de chegar a um acordo no Conselho Europeu que se realiza a 17 e 18 de julho "no âmbito" do Quadro Financeiro Plurianual, o orçamento da UE para 2021-2027, "e no âmbito" do fundo de recuperação.

Evocando a proposta da Comissão, a proposta franco-alemã e diferentes propostas apresentadas por vários países ao longo da negociação, Sánchez frisou que "a envergadura do fundo de recuperação tem de ser, no mínimo, a que foi proposta", de 750 mil milhões de euros.

A segunda condição de Espanha, prosseguiu, é que "muitos dos fundos têm de estar vinculados a transferências e não a empréstimos".

Finalmente, Pedro Sánchez frisou que é necessário que o período para que os países apliquem as verbas do fundo seja alargado.

"Logicamente temos de dar um horizonte de temporalidade à gestão de todos esses recursos suficientemente ampla para que os fundos sirvam para essa verdadeira transformação [da Europa] através da digitalização e da transição ecológica", afirmou.

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.