PS afirma que comissão de inquérito das PPP foi uma encenação para disfarçar desastre da governação

PS afirma que comissão de inquérito das PPP foi uma encenação para disfarçar desastre da governação
| Política
Porto Canal

O deputado do PS, Rui Paulo Figueiredo, acusou hoje o PSD de usar a comissão de inquérito das Parcerias Público-Privadas (PPP) para criar encenações destinadas a disfarçar "o desastre da governação" e branquear as responsabilidades do PSD.

"[A comissão das PPP] é uma comissão de inquérito de acusação de responsáveis do PS e branqueamento das responsabilidades dos governantes do PSD", disse o deputado, reagindo ao relatório que foi divulgado na segunda-feira.

Rui Paulo Figueiredo criticou as audições "seletivas" da comissão e considerou que a versão preliminar do relatório é de "uma banalidade confrangedora", acrescentando que o comportamento do PSD foi "pouco ético" ao divulgar o documento antes de este ter chegado às mãos dos deputados.

"O PSD viola a constituição e a lei sistematicamente e usa as comissões de inquérito para criar encenações que disfarçam o desastre que é a governação do país", salientou o deputado socialista, afirmando que o relatório é "parcial" nas análises feitas aos governos liderados pelos sociais-democratas e branqueia "negócios ruinosos" feitos pelo atual governo, nomeadamente o "caso escandaloso" da Lusoponte.

Rui Paulo Figueiredo lembrou que a comissão de inquérito recusou a audição de Álvaro Santos Pereira, Miguel Relvas, Bagão Félix ou Manuela Ferreira Leite e de vários responsáveis de concessionárias revelando "uma fixação numa empresa ligada ao grupo Mota-Engil".

Por outro lado, o relatório "dedica mais de 20 páginas a defender as responsabilidades" do atual secretário de Estado, Sérgio Monteiro, mas não responde às perguntas que eram feitas e apresenta "meia dúzia de recomendações incipientes".

"Não estamos disponíveis para colaborar em encenações políticas que só se destinam a branquear este governo e a criar cortinas de fumo", sublinhou o deputado, lamentando que "o deputado relator, que devia ser independente, se tenha prestado a este triste papel de contribuir para disfarçar as dificuldades do Governo".

Rui Paulo Figueiredo respondeu que acha "muito bem" que o relatório seja enviado para o Ministério Público, mas gostava que "as conclusões fossem consubstanciadas em factos, provas e naquilo que esta nas atas" e não em opiniões.

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