Governo sem desculpas para não executar ligação ferroviária - Câmara de Viseu

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Porto Canal / Agências

Viseu, 27 mar (Lusa) -- O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), considerou hoje que o Governo deixou de ter desculpas para não executar a ligação ferroviária entre Aveiro e a Linha da Beira Alta e depois a requalificação desta linha.

Durante a reunião da Câmara de hoje, Almeida Henriques referiu que "o corredor ferroviário da A25 e a ligação de Viseu à Linha da Beira Alta continuam a ser um desígnio político do município" e dele próprio.

O autarca contou que, na quarta-feira, em representação dos municípios, participou numa reunião do Grupo de Trabalho Centro-Norte (GT CN), liderado por associações empresariais, que teve como objetivo fechar a proposta a apresentar ao Governo com as opções para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (IEVA), onde é destacada a aposta nos corredores ferroviários internacionais Aveiro-Salamanca e Sines--Caia.

"A proposta defende uma solução inovadora e racional para o país", frisou Almeida Henriques, explicando que "em vez de duas linhas em cada corredor, é preconizada uma solução de uma linha única com sistemas de 'bypass' para o cruzamento do tráfego".

Segundo o antigo secretário de Estado da Economia, a proposta "é inovadora porque é integradora dos dois principais corredores (Aveiro -- Viseu -- Salamanca e Sines -- Caia) e é inovadora e racional porque acomoda a sua execução aos montantes financeiros disponíveis".

"Com esta solução, não existem mais desculpas para que os investimentos estruturantes e modernizadores da conetividade e da competitividade nacional não sejam uma realidade", frisou.

Almeida Henriques destacou a "postura proativa" de tentar provar ao Governo e aos grupos parlamentares que "há condições para que estes dois corredores sejam feitos dentro do orçamento disponível para o próximo quadro comunitário de apoio".

O vereador do PS João Paulo Rebelo referiu que este é um tema "que une todos os partidos do concelho".

"Esperemos efetivamente que se faça este investimento tão estruturante para a nossa região", acrescentou.

O GT CN é composto pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Industrial do Minho (AIMinho) e Conselho Empresarial do Centro (CEC).

AMF // SSS

Lusa/fim

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