Coimbra/UNESCO: Universidade Património Mundial é "um projeto da cidade"

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 17 jun (Lusa) -- O reconhecimento da Universidade de Coimbra (UC) como Património da Humanidade é "um projeto coletivo, é um projeto da cidade", que envolve, de forma empenhada, "muitas instituições", sublinha o presidente da Câmara à agência Lusa.

Sem, "de forma alguma", pôr em causa a importância da inscrição da "Universidade Alta e Sofia" na lista da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), João Paulo Barbosa de Melo destaca a importância de "um projeto com esta abrangência" e "dimensão" e que espera se "mantenha sempre como um projeto de união, como ponto de encontro de todas as forças vivas da cidade".

O projeto vale por si, naturalmente, desde logo por constituir mais um forte motivo para "colocar a cidade na rota mental dos cidadãos da Europa e do mundo", salienta à agência Lusa o autarca, advertindo, no entanto, que com a classificação de Coimbra pela UNESCO "nada de mágico ocorrerá no dia seguinte".

O reconhecimento como património da Humanidade "não resolve nada, mas ajuda -- e muito", porventura, até, de forma "determinante" --, acredita João Paulo Barbosa de Melo, defendendo, assim, a necessidade de a cidade se manter unida e empenhada em torno deste projeto, na defesa e projeção deste "selo de qualidade", fundamental para que "cada vez mais gente tenha interesse em conhecer" Coimbra.

"É um projeto a longo prazo", adverte o presidente da Câmara de Coimbra.

"O sucesso desta candidatura a Património Mundial" é muito importante para a UC e para a cidade, mas também para "o conjunto de oferta" turística de toda a região Centro, afirma à Lusa Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal.

A inclusão de Coimbra na lista de património da UNESCO "atrairá não só as atenções de potenciais turistas e consumidores do produto património cultural em Portugal" e constitui, "particularmente para a região Centro, um fator claro de desenvolvimento e de crescimento local".

A candidatura da Universidade "tem argumentos mais que suficientes para ser aprovada", acredita Pedro Machado. É certo, reconhece, que todo o património classificado, designadamente na região Centro -- mosteiros de Alcobaça, Batalha e Convento de Cristo, em Tomar -- é "diferenciador e único, mas pouco terá uma vivência quotidiana e permanente, ao longo dos séculos, como a UC, uma das universidades mais antigas do mundo".

A UC pode, sobretudo depois do reconhecimento pela UNESCO -- como "todos esperam que aconteça", durante a reunião do Comité de Património Mundial daquela organização, entre hoje e 26 de junho, no Camboja -- ter um importante papel não só na atração de turistas, mas também na sua fixação em Coimbra e na região, admite Pedro Machado.

Esta região "precisa de ser mais atrativa", mas também "precisa de aumentar a permanência dos turistas", sustenta o responsável pela entidade Centro de Portugal, recordando que esta zona regista, em média, 1,8 noites por cada turista que a visita e nela permanece mais que um dia, contra 2,2 noites da média nacional.

Mas para alterar a situação, para desenvolver o turismo em Coimbra e na região Centro, a Universidade, mesmo depois de reconhecida como Património da Humanidade, não chega, salienta Pedro Machado, considerando que falta mais animação, faltam mais eventos e é necessária "uma agenda cultural -- em relação à qual a UC já assume um papel fundamental -- mais e rica e mais diversificada".

JEF // SSS

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