Teatro do Vestido leva memória portuguesa da revolução e da ditadura à Galiza

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 fev 2020 (Lusa) -- A memória política portuguesa da ditadura, do colonialismo e da Revolução de Abril, até novembro de 1975, sustenta duas palestras performativas do Teatro do Vestido, a realizar na sexta-feira e no sábado, na Galiza, em Espanha.

"O Quotidiano das Mulheres" e "O Bairro das Ex-Colónias" são os títulos das palestras performativas que o Teatro do Vestido dá, na sexta-feira e no sábado à noite, na sala Ingravida, na localidade galega de O Porriño, em Espanha, informou hoje o coletivo teatral.

As duas palestras performativas, como as designa a diretora do Teatro do Vestido, Joana Craveiro, exploram as linguagens e os dispositivos cénicos com que o coletivo que dirige tem vindo a abordar a memória política portuguesa desde o alvor da ditadura, em 1926, até à sua queda, em 1974, da Revolução, desde abril de 1974 a novembro de 1975, assim como do colonialismo português e do processo de descolonização que sucedeu à queda do regime, em 25 de Abril.

Objetos, imagens, arquivos privados com recolha de testemunhos de agentes e de intervenientes diretos, e uma profunda pesquisa bibliográfica estão na base do trabalho do Teatro do Vestido que documenta, interpela e questiona as transmissões da que é denominada como história oficial, propondo novas narrativas a partir da pequena memória de pessoas cuja história nunca foi contada.

A primeira das duas palestras, representativas do trabalho que a companhia tem realizado nos últimos anos, "O Quotidiano das Mulheres" aborda a sua ausência das grandes narrativas históricas e, em simultâneo, contradizendo o discurso dominante, os seus múltiplos papéis nesse tempo que foi o processo revolucionário português, de 1974 a 1975 ou mesmo a 1976 ("é difícil dizer quando acabou" esse período, defende a companhia).

Já em "Bairro das Ex-Colónias", a segunda parte do díptico, surgem algumas histórias do colonialismo português e da perda de uma "ideia de império" por parte de uma geração que não o viveu diretamente, mas recebeu-o através da memória dos pais.

"O que fica disto tudo", "Quanto tempo até que toda a memória se perca" foram algumas das questões levantadas pelo coletivo teatral e pessoas que embora não tivessem respostas para as perguntas tinham a sua história para contar, estando na base das novas atuações.

CP // MAG

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