Remoção de pórtico na A28 garante “equidade” nos acessos a Viana do Castelo e Porto

Remoção de pórtico na A28 garante “equidade” nos acessos a Viana do Castelo e Porto
| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), Luís Ceia, avançou hoje à Lusa que a eliminação do pórtico de Neiva da Autoestrada 28 (A28) garantirá "equidade" no acesso aos distritos de Viana do Castelo e do Porto.

"A eliminação do pórtico reduzirá o custo da viagem, em portagens, do itinerário entre Viana do Castelo e o Porto, e vice-versa, em 0,65 euros para veículos da Classe 1 e em 1,25 euros para veículos da Classe 2, indo até ao encontro da perspetiva do Governo de baixar o custo das portagens nos territórios do interior", sustentou.

Em causa está o pórtico de Neiva da A28, antiga SCUT (Sem Custos para o Utilizador) que liga Viana do Castelo ao Porto, situado à entrada de uma zona industrial da capital do Alto Minho e que é considerado "entrave" à atividade empresarial da região.

Em declarações à agência Lusa, a propósito da discussão no parlamento, na quinta-feira, da petição pela eliminação daquele pórtico entregue pela CEVAL em 2017, Luís Ceia defendeu ainda, "sem redução de receitas das portagens na ligação entre Viana do Castelo e o Porto, a correção dos valores no pórtico de Modivas, em Vila do Conde", considerando que a medida "contribuirá para uma maior utilização do metro do Porto".

"Bastará um aumento de 0,25 euros no valor do pórtico de Modivas para garantir a perda de receita pela eliminação do pórtico do Neiva, que, atualmente, se traduz numa receita mensal de 350 mil euros", referiu, baseando-se nos dados do estudo que acompanha a petição da CEVAL, estrutura que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo.

Segundo Luís Ceia, "se o valor for corrigido conduzirá à redução do número de veículos nas entradas e saídas do Porto, mais um passo para a descarbonização da cidade e para a diminuição do tempo da travessia da cidade para quem viaja do Alto Minho e Galiza para o sul e vice-versa".

A recolha de assinaturas foi iniciada em abril de 2017. A petição foi "subscrita, presencialmente e ‘online', por mais de sete mil pessoas”.

A petição "Pela eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque", foi entregue pela CEVAL ao então vice-presidente da Assembleia da República, deputado Jorge Lacão, em novembro de 2017.

A reunião plenária que discutirá o documento está marcada para quinta-feira, pelas 15:00.

Luís Ceia acrescentou que, com "ambas as propostas, passará a verificar-se uma equidade de tratamento das duas sedes de distrito, pois ficariam ambas com 14 quilómetros da autoestrada A28 não portajada".

"Atualmente o troço isento de pagamento de portagem para quem se dirige de sul para a cidade de Viana do Castelo tem apenas uma extensão de quatro quilómetros", especificou.

Luís Ceia reforçou também que a remoção daquele pórtico "evitará, no futuro, a transferência do tráfego para a EN 13, já de si congestionada e com elevada sinistralidade".

"Antes do pórtico de Neiva o tráfego diário naquele troço da A28 é de mais de 30 mil veículos. Depois do pórtico cai para 15.014 mil carros. Estamos a falar de cerca de 15.700 carros que entram na EN 13", reforçou, acrescentando que será um dos argumentos que irá defender na quinta-feira, na Assembleia da República.

O presidente da CEVAL destacou ainda que "com a eliminação do pórtico ficará resguardada a futura via de acesso ao porto de mar de Viana do Castelo".

Em causa está uma rodovia com 8,8 quilómetros, já em construção, que ligará o porto comercial ao nó da A28 em São Romão de Neiva, permitindo retirar o tráfego de pesados do interior de vias urbanas.

"Se essa via vier a ser muito utilizada por trânsito que não tem como destino a zona portuária, a consequência será um maior congestionamento da ponte Eiffel sobre o rio Lima", especificou.

Aquela obra começou em fevereiro de 2019, num investimento de 5,3 milhões de euros. Os acessos "pretendem melhorar a acessibilidade à infraestrutura portuária, reforçando a sua competitividade e alargando o seu 'hinterland'".

Com prazo de execução de 18 meses, a empreitada é financiada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela APDL.

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