Plano Nacional das Artes já levou 65 escolas do país a criarem projetos culturais

| Norte
Porto Canal com Lusa

Porto, 29 jan 2020 (Lusa) -- O Plano Nacional das Artes (PNA), desencadeado em junho de 2019, levou já 65 escolas de Norte a Sul do país a executarem projetos culturais, tendo em conta a diversidade sociocultural, patrimonial e artística do território onde se inserem.

Isto significa que estas 65 escolas já têm delineadas a temática, o propósito ou o "caminho cultural" que querem seguir, estando os seus programas em fases diferentes de desenvolvimento, disse hoje à Lusa o comissário do PNA, Paulo Pires do Vale, no Porto.

As escolas que já avançaram com o Projeto Cultural de Escola, integrado na área dedicada à "Educação e Acesso" do plano, criaram um cargo de coordenador em cada, que é responsável por desenhar o programa cultural adaptado ao contexto, em parceria com as autarquias, as estruturas artísticas e a comunidade educativa.

"Há escolas com projetos em fase mais embrionária, outras mais avançadas e com atividades mais pensadas, mas o objetivo é começar", sublinhou.

Paulo Pires do Vale adiantou que a finalidade deste projeto cultural nas escolas é o de cruzar vários saberes, diferentes disciplinas e garantir o acesso dos alunos à fruição artística e produção cultural.

Ainda neste eixo de ação, o comissário adiantou que cerca de 15 escolas já arrancaram com o Projeto Artista Residente, recebendo um artista nas suas instalações durante o ano letivo.

Além de ter um ateliê na escola, o artista tem a responsabilidade de apoiar a comunidade educativa, introduzindo mais processos e práticas artísticas.

Estes artistas são financiados pelo PNA ou em conjunto com outras entidades, nomeadamente câmaras municipais, revelou.

Outra das medidas que já está em curso passa pelo desenvolvimento do Índice de Impacto Cultural das Organizações, instrumento de medição que está a ser desenvolvido em parceria com o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.

À semelhança dos Índices de Impacte Ambiental, este índice tem por objetivo parametrizar e quantificar o impacto cultural das organizações (desde municípios a empresas privadas), promovendo e dando visibilidade ao contributo das artes e do património na qualidade de vida das comunidades, explicou.

Igualmente em marcha está a criação de um Plano Estratégico Municipal Cultura-Educação, que está a ser desenvolvido na Universidade do Minho (UM), e que tem como propósito ajudar as autarquias a repensar a sua atuação na área da cultura.

Depois de traçadas as linhas orientadoras deste modelo, Paulo Pires do Vale contou que as fases seguintes passam por dar formação aos técnicos e vereadores dos municípios, fazer o mapeamento do setor da cultura no seu território e desenhar o plano estratégico.

O PNA é uma iniciativa das áreas governativas da Cultura e da Educação, e é desenvolvido em parceria com a administração local, entidades privadas e sociedade civil, assumindo como missão dar um lugar central às artes e ao património, na formação ao longo da vida.

SVF (AG) // MAG

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