Diretor Nacional da Polícia Judiciária garante que morte de Luís Giovani não foi um crime racial

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Porto Canal

O Diretor Nacional da Polícia Judiciária garantiu, em conferência de imprensa na manhã desta sexta-feira, que a morte do jovem cabo-verdiano Luís Giovani não se tratou de um crime racial, mas de um homicídio violento que teve por base motivos fúteis.

A Polícia Judiciária deteve cinco homens, com idades compreendidas entre os 22 e 35 anos, suspeitos de matar Luís Giovani, depois de uma investigação conduzida em parceria com o Ministério Público de Bragança.

Os cinco detidos serão indiciados de um crime de homocídio qualificado e de três crimes de homicídio na forma tentada. De acordo com o Diretor Nacional da Polícia Judiciária "o núcleo duro que perpetrou as agressões são os elementos que estão detidos". Os suspeitos que residem em Bragança não têm antecedentes criminais.

As detenções ocorreram na sequência de buscas domiciliárias, inquirições e interrogatórios a várias pessoas, suspeitas de estarem envolvidas nos acontecimentos que determinaram a morte do jovem estudante, que decorreram na passada quinta-feira. Dessas buscas resultaram "elementos probatórios muitos relevantes para o desfecho da investigação, que são sobretudo assentes em prova testemunhal e nos próprios arguídos", afirma o Diretor Nacional da Polícia Judiciária.

Os suspeitos que se encontram agora detidos vão ser presentes a tribunal para lhes serem aplicadas medidas de coação. No entanto, não ficou claro se poderão haver mais detenções. O Diretor Nacional da Polícia Judiciária afirma que "a investigação é dinâmica e ininterrupta" e deixa ainda o aviso de que " a Polícia Judiciária não tem medo de atuar em qualquer situação por qualquer razão.

Luís Giovani faleceu a 31 de dezembro de 2019 na sequência de violentas agressões à porta de um estabelecimento noturno depois de ter ficado em coma.

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