Autarca de Barcelos regressou à Câmara mas não pode falar com funcionários

Autarca de Barcelos regressou à Câmara mas não pode falar com funcionários
diário do minho
| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes (PS), regressou hoje aos Paços do Concelho para governar o município presencialmente, embora esteja impedido pelo tribunal de contactar com os funcionários.

Atualizado 14-10-2019 19:55

A situação já foi criticada pelo PSD local que, em comunicado, questiona se serão necessários "batedores" sempre que Costa Gomes entrar nos Paços do Concelho ou noutros edifícios municipais.

No âmbito da Operação Teia, Miguel Costa Gomes estava em prisão domiciliária desde 03 de junho, indiciado dos crimes de corrupção passiva e de prevaricação.

O juiz de instrução criminal proibiu-o ainda de quaisquer contactos com funcionários municipais.

Na quarta-feira, a Relação deu provimento ao recurso e determinou a restituição de Costa Gomes à liberdade, impondo-lhe a prestação de uma caução de 20 mil euros.

No entanto, manteve a proibição de contactos.

Contactada pela Lusa, fonte do município escusou-se a tecer qualquer comentário, nomeadamente a explicar de que forma será ultrapassado aquele constrangimento, tanto no dia-a-dia como nas próprias reuniões do executivo.

Em comunicado, o PSD de Barcelos questiona se será necessário recorrer a "batedores", entre vereadores ou assessores, para "irem à frente" de Costa Gomes a "avisar os funcionários" da sua aproximação.

"Nas reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal, a assessoria técnica e logística vai ser efetuada por quem? Por vereadores? Por assessores?", acrescenta o comunicado.

Sempre no mesmo tom, o PSD pergunta ainda se os espaços onde estiver o presidente da Câmara "terão que ser evacuados de funcionários" ou se Costa Gomes "vai ter que avisar quando quiser sair, para abrirem alas para poder passar sem contactar com os funcionários".

"Vai governar por turnos? Ou durante a noite?", lê-se ainda no comunicado, em que o PSD reitera que Costa Gomes "não tem mais condições" para assegurar a gestão do município.

Na operação Teia, e além de Costa Gomes, são ainda arguidos o entretanto demissionário presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, e a mulher, a empresária Manuela Couto.

O outro arguido é o ex-presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto Laranja Pontes, que entretanto se reformou.

Manuela Couto também esteve em prisão domiciliária, mas a pulseira eletrónica foi-lhe igualmente retirada na quarta-feira.

O processo está relacionado com alegados favorecimentos às empresas de Manuela Couto por parte do município de Barcelos e do IPO/Porto, a troco de favores políticos conseguidos por Joaquim Couto.

+ notícias: Norte

Queda de neve leva a IPMA a colocar distritos do Norte sob aviso amarelo

Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Gaia. Homem detido por agredir outro com arma branca no Jardim do Morro 

Um homem foi detido por agredir outro violentamente com uma arma branca, no Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Mirandela. Água da freguesia de Passos desaconselhada para consumo

A câmara municipal de Mirandela desaconselhou o consumo da água da rede pública na freguesia de Passos naquele concelho do distrito de Bragança, confirmou esta sexta-feira à Lusa o vice-presidente, Vítor Correia.