Trofa acusa órgão executivo da Área Metropolitana do Porto de “má fé”

Trofa acusa órgão executivo da Área Metropolitana do Porto de “má fé”
| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, acusou hoje a Comissão Executiva da Área Metropolitana do Porto (AMP) de agir de má fé, considerando que a mesma tem defendido apenas os interesses de um ou dois municípios.

"A Comissão Executiva está aqui para trabalhar para 17, não é para um, nem para dois (...). Nunca vi uma Comissão Executiva tão apática e tão reativa", declarou o autarca na reunião do AMP desta manhã.

Em causa o e entendimento daquela comissão sobre as linhas intermunicipais que atravessam os concelhos da Trofa e de Santo Tirso e que os dois municípios, em conjunto com a autarquia de Vila Nova de Famalicão, querem passar a gerir.

Para o efeito, contextualizou Sérgio Humberto, os três municípios pretendem constituir-se como Associação de Municípios, no caso, a MobiAve, cuja criação está dependente de um entendimento com a AMP que, como autoridade de transporte, gere a rede.

A constituição da associação já teve luz verde da Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM do Ave), que, em matéria de autoridade de transportes gere o concelho de Famalicão, faltando uma decisão da AMP, relativamente aos municípios de Santo Tirso e Trofa.

"Recebemos um parecer no dia 10 [setembro] em que é claramente demonstrada a falta de vontade deste acordo ser aprovado, de impedir a criação desta autoridade de transportes. Esta missiva assenta em pressuposto falsos", disse.

O presidente da Câmara da Trofa salientou ainda que este parecer refere que "a assinatura deste memorando implicaria a devolução das competências delegadas na AMP", o que defende ser "falso".

"Com tantos pressupostos sem fundamento, só podemos aceitar uma das justificações: ou há incompetência técnica ou então quem é responsável pela emissão deste parecer só o pode ter feito por má fé. E estes autores tiveram má fé", defendeu.

O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que presidiu hoje à reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), sugeriu que estas preocupações fossem discutidas na próxima reunião de trabalho marcada para 11 de outubro, para discutir o concurso de transportes rodoviários para AMP, cuja concessões terminam no final do ano, considerando que estas questões de "fronteira" são difíceis de aferir, por têm muitas especificidades.

Já o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, referiu que este é um dos muitos pormenores que não foram devidamente tratados, temendo que a questão do concurso dos transportes venha a ser um "flop", se nada mudar, e se vire contra o Governo, nestas eleições, e posteriormente contra os autarcas.

O primeiro secretário do CmP, Mário Rui Soares, sublinhou que, quanto à parte política, esta foi sempre tratada pelo presidente do CmP, Eduardo Vítor Rodrigues, esclarecendo que esta é uma decisão política.

"Se o CmP quiser subtrair as competências que têm é livre de o fazer", disse, salientando que "os serviços privilegiaram todos de forma igual".

A nova rede de transportes em causa, e que vai ligar os municípios de Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão e Trofa começou a ganhar forma em 2017, tendo em junho desse ano, sido assinado um protocolo de colaboração para a realização do estudo de planeamento e sustentabilidade financeira do novo sistema.

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