Barroso pede a Portugal "amplo consenso" político para facilitar "saída limpa"

Barroso pede a Portugal "amplo consenso" político para facilitar "saída limpa"
| Política
Porto Canal

O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje um consenso entre "as principais forças políticas" em Portugal sobre o Documento de Estratégia Orçamental, o que facilitaria uma "saída limpa" do programa de resgate.

As posições de José Manuel Durão Barroso foram assumidas em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, depois de ter recebido representantes do projeto "Namorar Portugal", de fabrico dos típicos lenços dos namorados da região minhota.

O chefe do executivo comunitário, que em janeiro defendeu um programa cautelar para Portugal após a conclusão do programa de assistência financeira, sustentou que "a situação evoluiu favoravelmente, mais ainda do que se previa", e que, por isso, ambas as soluções, regresso direto aos mercados ou programa cautelar, são possíveis.

"Claro que um programa cautelar dá sempre mais garantias e segurança, mas se Portugal estiver em condições de dispensar um programa cautelar, melhor para todos", considerou Barroso.

Durão Barroso respondeu ainda aos jornalistas que Portugal "está em condições" de dispensar um programa cautelar "nomeadamente se apresentar um programa plurianual", assente no Documento de Estratégia Orçamental, mas ressalvou que esse trabalho "ainda não está feito"

"Esse trabalho está a ser feito, não há ainda uma posição que nos tenha sido transmitida formalmente pelo Governo português, está a haver um trabalho neste momento", referiu.

"Eu estou convencido de que será possível ter uma saída em boas condições, mas isso será facilitado se houver um consenso que ultrapasse o Governo, pois é importante perceber que agora se trata de definir um programa de médio prazo que vai para além deste Governo e, se calhar, até, do próximo Governo", acrescentou José Manuel Durão Barroso.

Nas declarações aos jornalistas, o presidente da Comissão Europeia repetiu que considera essencial um acordo alargado em torno de uma estratégia de médio prazo, para o crescimento económico e com "horizontes de redução da despesa e do teto da dívida pública".

"Quanto maior for o consenso entre as forças políticas maior será a confiança em Portugal, portanto, menos Portugal terá de pagar de juros para financiar as suas despesas", vincou.

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.