Escola de Hotelaria de VRS António continua sem saber se pode receber novos alunos

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Porto Canal / Agências

Vila Real de Santo António, 03 mar (Lusa) -- A Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António aguarda por uma portaria da tutela para saber se pode acolher novos alunos no próximo ano letivo, disse o diretor.

Em declarações à agência Lusa, David Murta explicou que no presente ano letivo a escola não recebeu alunos do primeiro ano por indicação da tutela, estando apenas a lecionar os 2.º e 3.º anos, e ainda não sabe o que vai acontecer em 2014/2015 porque está para sair uma nova portaria a regulamentar a formação nesta área.

"A situação da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António é igual à de outras escolas a nível nacional e estamos a aguardar pela portaria que vai regular a área da formação do Turismo de Portugal para saber como vai ser o futuro", afirmou o diretor, numa referência à instituição que tutela as escolas de hotelaria do país.

David Murta precisou que a razão invocada pela tutela para a não admissão de novos alunos foi a de que "está em curso um processo de restruturação e contenção financeira", mas para o próximo ano letivo ainda "não há novidades".

A Lusa questionou o diretor da escola sobre o futuro depois de uma delegação do PCP ter visitado a Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António e de o partido ter apresentado na Assembleia da República uma pergunta a questionar a tutela sobre as razões que levaram à não admissão de alunos no presente ano letivo.

O grupo parlamentar do PCP quer saber se a não entrada de alunos do primeiro ano pode representar a prazo o encerramento da escola, cujos alunos têm, segundo o texto da pergunta apresentada no parlamento, 80% de empregabilidade quando acabam os cursos de nível VI, que dão equivalência a 10.º, 11.º e 12.º anos.

Um antigo aluno da escola, ouvido pela Lusa, disse que os candidatos a frequentar a escola têm que se inscrever para exames e depois, consoante as notas, é que ficam a saber se ingressam, procedendo à matrícula e ao pagamento de propinas entre maio e julho, para depois iniciarem as aulas em setembro.

O PCP referiu ainda no texto que a escola foi criada em 2006, conta atualmente com cerca de 50 alunos, funciona numa antiga escola primária cedida por protocolo pela câmara local e é financiada em 40% pelo Turismo de Portugal e em 60% por receitas próprias, com as propinas pagas pelos alunos.

O partido teme que a não entrada de alunos no primeiro ano possa indicar o seu encerramento no futuro e quer saber "por que motivo a Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António não foi autorizada, no ano letivo de 2013/2014, a admitir novos alunos no 1.º ano dos seus cursos de nível IV".

"A decisão de não autorizar a admissão de novos alunos significa que o Governo tenciona encerrar, a prazo, a Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António?", questionou ainda o partido, na pergunta dirigida ao Ministério da Economia.

MHC // ROC

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