Rui Rio diz que António Costa teve "défice de sentido de Estado"

| Política
Porto Canal com Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio, disse esta sexta-feira que o primeiro-ministro, António Costa, teve "défice de sentido de Estado" numa "semana política lamentável", marcada pela questão da devolução integral do tempo de serviço congelado aos professores.

Atualizado 11-05-2019 11:57

"O que fica desta lamentável semana política é o défice de sentido de Estado do senhor primeiro-ministro. O primeiro-ministro não se demitiu quando morreram mais de cem pessoas nos incêndios de 2017, não se demitiu quando se soube que o Governo andou a inundar a administração pública com familiares e amigos, mas estava disponível ou queria demitir-se porque o parlamento poderia aprovar uma lei que poderia gerar um caos financeiro e vota contra a norma que evitava esse caos financeiro", disse Rui Rio.

No Porto, numa declaração à imprensa depois de esta manhã a Assembleia da República ter rejeitado as alterações ao decreto do Governo que previam a contagem de todo o tempo de serviço congelado aos professores e uma semana depois da ameaça de demissão de António Costa, Rui Rio repetiu a consideração de que o primeiro-ministro protagonizou "uma farsa, um golpe de teatro".

"Um primeiro ministro tem de ser um estadista. Um primeiro-ministro tem de ser o garante da estabilidade e não o garante da instabilidade principalmente quando gera essa instabilidade por razões de natureza partidária. As verdadeiras razões foi para perturbar, e se possível parar, a campanha eleitoral para as europeias que lhe estavam a correr particularmente mal", disse Rui Rio.

Acusando António Costa de colocar os interesses do PS à frente dos interesses do país, o social-democrata apontou que "o lema do PS é primeiro a família, depois o PS e depois o país".

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