Investigadores do Minho conseguem "maximizar" aproveitamento de peles de couro
Porto Canal / Agências
Braga, 13 jun (Lusa) - Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho (UMinho) "criou" um meio de "maximizar" o aproveitamento das peles de couro através da invenção de uma "família de algoritmos", inovação recentemente premiada pela Associação Portuguesa de Investigação Operacional.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa pela instituição minhota, os investigadores do Centro Algoritmi da UMinho explicam que a mais-valia desta descoberta passa por "rentabilizar ao máximo" o couro, uma matéria-prima "cara".
A investigação foi feita em parceria com um fabricante português de estofos para veículos mas, aponta o texto, esta "metodologia" pode ter uso "noutros produtos de couro", como calçado, bolsas e casacos.
"Procurámos otimizar os processos industriais para rentabilizar ao máximo uma matéria-prima, que é cara, gerando o menor desperdício possível. Criámos uma família de algoritmos para construir 'layouts' de corte em superfícies com contornos irregulares, zonas de qualidade distinta e defeitos", resume um dos investigadores e professor na instituição, Cláudio Alves.
Segundo informa a UMinho, o artigo resultante desta investigação, "New constructive algorithms for leather nesting in the automotive industry", publicado na "Computers & Operations Research", foi "laureado há dias" com o Prémio Isabel Themido, no XVI Congresso da Associação Portuguesa de Investigação Operacional.
No mesmo certame foi distinguido com o Prémio APDIO/IO, "pela melhor tese de mestrado", o trabalho "Métodos heurísticos para o problema de posicionamento de figuras irregulares", de um outro investigador do grupo, Telmo Pinto, também resultante da investigação referida.
O estudo que, segundo o documento, é "raro neste âmbito a nível internacional", analisou também resultados de um vasto conjunto de experiências computacionais.
"Nesta área tecnológica, Portugal tem evoluído bastante e está entre os melhores", vinca Claudia Alves.
A equipa do Centro Algoritmi da Universidade do Minho que criou esta "família de algoritmos" é constituída, além de Cláudio Alves e Telmo Pinto, por Pedro Brás e José Valério.
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