Universidade do Porto recebe este ano quase 4 mil estudantes estrangeiros de 112 países

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Porto Canal / Agências

Porto, 20 fev (Lusa) -- A Universidade do Porto recebe este ano letivo 3.895 alunos estrangeiros, oriundos de 112 países, sendo a grande maioria dos estudantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o Brasil aquele com maior representação.

Decorreu hoje na reitoria da Universidade do Porto (UP) a cerimónia de boas-vindas aos alunos estrangeiros que vão passar o segundo semestre nesta instituição de ensino, cerca de 600 dos 3.895 estudantes internacionais que neste ano letivo passam, no total, pela UP.

"Hoje a UP e as outras universidades portuguesas começam a ver em todo o mundo onde é que devem estabelecer relações de cooperação a diferentes níveis. A grande maioria dos estudantes na UP -- 62% - vem dos países da CPLP. E depois há cada vez mais estudantes e investigadores que vêm do mundo ibero-americano e aqui há a questão linguística que é muito importante", explicou aos jornalistas o vice-reitor António Marques.

De acordo com o responsável, "há ganhos que são tangíveis" neste elevado número de alunos estrangeiros acolhidos pela UP, recordando que "recentemente o Governo aprovou o estatuto do estudante internacional, que ainda não foi promulgado pelo Presidente da República".

"A ideia é fazer com que estes estudantes -- particularmente os que vêm fazer um grau -- possam, pagando propinas de custos totais, ajudar a minimizar os impactos que as reduções dos orçamentos públicos do Estado têm tido nas universidades", explicou.

António Marques acrescentou que há ainda "um retorno intangível, ou seja, as universidades querem estudantes porque é uma forma de atrair os melhores hoje".

"Os países dependem muito da elevada qualificação dos talentos. Hoje, como sabem, o nosso país está a obrigar as pessoas a sair, mas os países mais avançados não fazem isto", comparou.

Segundo o vice-reitor da UP, estes estudantes levam à Universidade do Porto "um ambiente que ela não tinha há sete ou oito anos" -- a instituição estava antes muito voltada para o próprio umbigo e agora está a aprender com estes alunos.

"Há muitos países em que a universidade habitualmente não tem tradição. Por exemplo, do Irão, temos atualmente cerca de 80 estudantes e isto aconteceu de um momento para o outro e ainda estamos a tentar perceber porquê", disse, dando ainda o exemplo de estudantes das ilhas Fiji, da Jamaica, dos Barbados.

Na opinião de António Marques, esta é uma oportunidade para ensinar aos alunos que vêm de longe "a língua portuguesa como instrumento de uma grande importância para estes jovens que depois vão procurar emprego em economias emergentes como o Brasil ou Angola".

"E não é só receber, é também enviar estudantes. A universidade também envia todos os anos, para fora, para outras universidades na Europa e fora da Europa, cerca de 1.100 estudantes", enumerou.

De acordo com o vice-reitor, "onde a crise se faz sentir mais é, talvez, na ida dos estudantes portugueses para fora", mas "tem havido um esforço grande e os números não têm decrescido de uma forma significativa".

JF // ROC

Lusa/fim

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