Ator António Capelo apresenta serão íntimo de poesia no Auditório de Miragaia

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Porto Canal com Lusa

Porto, 21 mar (Lusa) -- O ator António Capelo apresenta no sábado, no Auditório Grupo Musical de Miragaia, no Porto, o espetáculo "Uma Noite com a Palavra dos Poetas", que definiu como um serão em torno da poesia que marcou a sua carreira.

Enquadrado na programação para 2019 do ciclo Cultura em Expansão, da Câmara do Porto, a peça terá entrada livre e arranca pelas 21:30, sendo o fundador da Academia Contemporânea do Espetáculo (ACE), que dirige, acompanhado ao piano por Inês Linhares, com a luz a cargo de Mário Bessa.

"Fui desafiado para fazer um projeto no Cultura em Expansão, e não tenho nada preparado só para mim, como um monólogo ou um solilóquio, e pensei que seria interessante revisitar uma série de poemas, ao longo de uma hora, em poesia muito dispersa, de uma série de autores que se cruzaram na minha vida profissional", conta à Lusa o ator e encenador.

Aproveitando a "coincidência feliz" de o espetáculo ocorrer dois dias depois do Dia Mundial da Poesia, o ator de 62 anos foi buscar poemas que disse me palco desde 1977, com "uma dramaturgia em torno dos poemas".

"É poesia muito engajada, como é apanágio das minhas atitudes políticas, e vai de Fernando Pessoa a Sophia de Mello Breyner, passando por Jorge de Sena ou Eugénio de Andrade", revela, além de "um atrevimento" ao cantar dois poemas de José Afonso.

Tudo somado, o resultado será, diz, "um serão passado em conjunto, mesmo com o palco e a plateia, mas que podia ser na sala" de sua casa, numa opção assumidamente "muito pessoal".

"O que liga estes textos todos é uma ideia, que até pode ser uma ideia ideológica, de que é o tempo que eu gostaria que fosse o das nossas vidas, e não o tempo real", acrescenta.

Com um público que poderá vir da zona de Miragaia mas também de várias partes da cidade, e muito variado, o espetáculo é "um bocadinho eclético, com textos muito diretos e de fácil entendimento", mesmo que tenham depois outra camada de profundidade, com conotações "sociais, políticas ou literárias".

Assumindo que tem trabalhado "no arame" e que só no próprio dia da peça é que irá medir a reação do público aos poemas, mas também à "conversa" que gostaria de ter sobre eles, António Capelo manifesta-se contente por poder trabalhar "sem saber muito bem" e estar "muito curioso" para conhecer a relação que vai estabelecer com a sala.

Para uma "noite de poesia com uma relação muito próxima, quase familiar" em que gostaria de poder contar com "as pessoas de Miragaia", Capelo afirma ainda ter guardado para o fim o poema mais marcante a "cereja se o serão fosse um bolo": "Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya", de Jorge de Sena.

"Em 1977, fiz um espetáculo com textos do Sena, e eu próprio, ainda muito novo, fiz de Jorge de Sena. Conheci-o então, e fiquei com uma impressão muito forte, não só do poeta como do ser humano", revela.

SIYF // MAG

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