Autarca de Gaia só fará "queixinhas" sobre dívida da câmara em caso de "dolo ou crime"

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Porto Canal / Agências

Vila Nova de Gaia, 17 fev (Lusa) - O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, recusou hoje tirar "ilações locais" sobre a troca de acusações entre PS e PSD sobre a dívida da autarquia, afirmando que "só fará queixinhas em caso de dolo ou crime".

"O julgamento político foi feito no dia 29 de setembro. Para mim, estou convencido de que as pessoas que votaram em mim não foi para se lamentar nem fazer queixinhas. Só faria queixinhas se estivesse perante dolo ou crime. Percebo que haja uma leitura nacional de tudo isto, mas isso fica para os políticos nacionais", referiu à Lusa o socialista Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca reagia assim à troca de palavras protagonizada domingo entre o secretário nacional do PS António Galamba e o porta-voz do PSD, Marco António Costa, a propósito do facto de Gaia ter a segunda maior dívida autárquica a nível nacional, apenas ultrapassada por Lisboa.

"Gaia em risco de falência com dívida próxima dos 300 milhões" é o título de um trabalho publicado domingo pelo Diário de Notícias, uma reportagem que levou o socialista António Galamba a considerar que Marco António Costa - por ter sido vice-presidente do anterior presidente da Câmara de Gaia, o social-democrata Luís Filipe Menezes - "um dos responsáveis pela dívida", pedindo-lhe explicações sobre o tema.

Por sua vez, Marco António Costa apontou a "circunstância curiosa" de três anos depois de ter saído da autarquia de Gaia e de "já não ser notícia o assunto financeiro" da autarquia, porque "tem sido recorrentemente tratado", o PS, "numa semana particularmente difícil para o seu líder, venha com este tipo de ataques ao porta-voz do PSD".

Hoje, à Lusa, Vítor Rodrigues contou que foi "surpreendido" pelo trabalho do Diário de Notícias, à parte da entrevista que lhe foi pedida, e vincou que a investigação do jornal "não resulta de informação dada pela Câmara Municipal de Gaia", mas confirmou que a dívida deste município é "preocupante".

"É uma situação de preocupação. Mas o grande mérito vai ser devolver o bom nome à Câmara de Gaia. Tirar a Câmara deste atoleiro financeiro e de processos judiciais. Estamos a conseguir aos bocadinhos. Hoje vieram cinco à reunião de Câmara e todos eles com desfecho positivo. Mesmo aqueles que temos de pagar têm desfecho positivo porque pagamos após negociação com os parceiros e não por decisão judicial", disse Vítor Rodrigues.

O autarca disse estar convicto de que "só em poupança de juros" a autarquia vai alcançar um resultado "brutal".

O objetivo, defendeu Vítor Rodrigues recusando comentar as declarações de António Galamba e de Marco António Costa, é "reorganizar a Câmara de Gaia" para conseguir "candidatar-se no próximo Quadro Comunitário de Apoio".

"Nós só conseguiremos ir ao quadro se conseguirmos ter a nossa componente nacional para pôr. Manter a ambição mas manter a ambição escorada numa reorganização rápida e estabilização financeira da Câmara", disse o presidente da Câmara apontando "meados deste ano" para ter a "reorganização de serviços e boa parte da reorganização financeira feita".

PYT (ALU/CYZ/TDI/LIL) // MSP

Lusa/fim

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