Câmara de Matosinhos agenda reunião extraordinária para discutir quebra-mar de Leixões
Porto Canal com Lusa
A Câmara Municipal de Matosinhos decidiu hoje por unanimidade realizar na próxima terça-feira uma reunião extraordinária privada para discutir o prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões.
Esta reunião, cuja realização foi proposta pela maioria, vai contar com a presença da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), informou à Lusa o gabinete da Presidência.
Em causa está a obra anunciada pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que visa o prolongamento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões, em Matosinhos, bem como as acessibilidades marítimas a esta infraestrutura.
O prolongamento de 300 metros no quebra-mar exterior – que permanece inalterado desde 1940 –, tem por objetivo reforçar a segurança na entrada da barra e melhorar a operacionalidade, assegurando uma acessibilidade mais segura e facilitada nas diversas condições ‘meteo-marítimas’.
A ministra do Mar reuniu-se hoje, em Matosinhos, distrito do Porto, com os executivos das câmaras de Matosinhos e Porto, o conselho de administração da APDL, os vice-presidentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Comunidade Portuária de Leixões e o provedor do cliente de Leixões para discutir essa empreitada.
No final da reunião, que durou cerca de três horas, a governante anunciou que a Câmara Municipal do Porto vai integrar o grupo de trabalho constituído pela autarquia de Matosinhos e a APDL para acompanhar a obra de prolongamento do quebra-mar de Leixões.
Ana Paula Vitorino explicou que o grupo de trabalho, que já existia e a que agora se junta o Porto, vai identificar e inventariar as soluções para eventuais problemas que possam surgir com a empreitada.
Na semana passada, o PSD/Matosinhos considerou que o projeto irá causar “gravíssimos” impactos ambientais e socioeconómicos no concelho, defendendo um alargado debate sobre o assunto.
Também a 06 de março, a Câmara Municipal do Porto aprovou uma moção apresentada pelo Movimento de Rui Moreira para que este projeto seja reavaliado e que seja garantida a minimização dos seus impactos.