Inquérito no parlamento dos Açores termina com advertência a quatro funcionários

| Política
Porto Canal com Lusa

Horta, Açores, 08 fev (Lusa) - Quatro funcionários da Assembleia Legislativa dos Açores foram advertidos por escrito, na sequência do inquérito interno instaurado para apurar a responsabilidade pela digitalização de documentos confidenciais, revelou hoje fonte parlamentar.

De acordo com a mesma fonte, o resultado do inquérito, instaurado no início de novembro de 2018, só agora ficou concluído e foi divulgado em conferência de líderes aos seis partidos com assento parlamentar, que, entretanto, já requereram cópia do relatório final.

Este inquérito foi instaurado depois de a presidente da Assembleia Regional, a socialista Ana Luís, ter descoberto que alguns "documentos confidenciais", que tinham sido enviados pelo Governo Regional para a Comissão de Inquérito ao Setor Público Empresarial, foram "inadvertidamente digitalizados" pelos serviços parlamentares e enviados por via eletrónica para vários deputados.

Em causa estava a proposta apresentada pela companhia islandesa Icelandair para a compra de 49% do capital social da Azores Airlines, bem como um estudo sobre a situação financeira da transportadora aérea açoriana, que admitia que a companhia se encontrava numa situação de "falência técnica".

Na altura, o presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, decidiu cancelar o processo de privatização da Azores Air Lines, e anunciou a apresentação de uma queixa junto do Ministério Público, para determinar a origem da "fuga de informação" sobre estes documentos.

A conferência de líderes parlamentares decidiu também agendar para o plenário marcado para a próxima semana, na cidade da Horta, a apresentação do relatório final da Comissão de Inquérito ao Setor Público Empresarial.

A discussão do relatório irá coincidir, no entanto, com a ausência do presidente do Governo, que irá efetuar uma viagem aos Estados Unidos da América na próxima semana, e que, por isso, não poderá estar presente no plenário.

Três dos seis partidos com representação parlamentar (PSD, CDS e PPM) pretendiam adiar a discussão do relatório para março, para que Vasco Cordeiro pudesse acompanhar a discussão desta matéria, mas os restantes três partidos (PS, BE e PCP) entendem que o assunto pode ser analisado já, mesmo na ausência do chefe do executivo.

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