Pais de aluno de Gondomar morto em acidente pedem apoio às causas do filho
Porto Canal
Os pais de um estudante universitário que morreu num acidente rodoviário em Famalicão na quinta-feira, vão pedir que no funeral se substituam ramos de flores por donativos para apoiar duas causas que o jovem abraçava.
"Flores por Causas" é o nome da iniciativa que os pais de André Miguel Silva, de 19 anos, vão realizar no seu funeral, na quarta-feira, em Gondomar.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Alberto, pai de André Miguel Silva, explicou que pretender pedir às pessoas que "canalizem o dinheiro do ramo de flores para juntar e distribuir em duas causas" em que o seu filho estava "especialmente empenhado".
"Para quê gastar dinheiro em coisas que no dia seguinte deixam de ter sentido, ainda que no momento registem a simbologia?", questionou.
Metade do montante angariado será para a Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, da qual André Miguel era membro, de forma a "premiar o mérito de projetos de relevo".
O restante destina-se a "premiar o 'fair-play' em equipas de futsal nos escalões de formação da Associação de Futebol do Porto", outra das "paixões" do estudante.
"Não estou muito preocupado em premiar quem ganha campeonatos, mas quem se porta bem, as equipas que do ponto de vista disciplinar têm um bom desempenho", afirmou Carlos Alberto.
O objetivo da iniciativa é "registar" e "perpetuar" duas causas em que André Miguel Silva estava "particularmente envolvido".
"O Miguel viveu pouco tempo, mas viveu 19 anos muito intensos com muita afetividade e entregue a causas", sublinhou o pai, Carlos Alberto.
O montante será recolhido até ao fim de semana e a conta bancária aberta para o efeito tem o NIB 0033 0000 0001695522178.
O acidente rodoviário, que resultou na morte do jovem, ocorreu na quinta-feira na A7 em Seide, Famalicão, cerca das 11:20, com o despiste de uma carrinha que levava sete universitários.
A carrinha de sete lugares seguia no sentido Guimarães- Famalicão e despistou-se numa zona de reta, onde embateu contra uma árvore.
Os ocupantes tinham entre 18 e 20 anos e viajavam de Fafe em direção ao Porto, onde estudavam.