Mar derrubou passadiço junto às torres de Ofir (Esposende)

| Norte
Porto Canal / Agências

A força do mar derrubou hoje cerca das 20:00 o passadiço de acesso à praia de Ofir, em Esposende, mesmo em frente às três torres de apartamentos onde mora uma dúzia de famílias em permanência.

"Foi um estrondo de todo o tamanho, um enorme susto", disse à Lusa um popular que se encontrava no café situado no rés-do-chão de uma das torres.

O muro de suporte que separa o mar dos edifícios também apresenta fissuras.

Ao início da tarde, o vereador da proteção Civil na Câmara de Esposende, Maranhão Peixoto, alertou que o avanço do mar colocava "em sério risco" aquelas torres.

O mesmo responsável acrescentou que no fim de semana, por precaução, foi vedado o acesso ao parque de estacionamento à superfície da torre mais a norte.

"Se o mar continuar a avançar com esta ferocidade, as torres correm sério risco", acrescentou.

No total, as três torres têm cerca de 200 apartamentos, mas apenas uma dúzia está a ser utilizada como habitação permanente.

No local, o vice-presidente da Associação Portuguesa do Ambiente, Alexandre Simões, garantiu que "não há um risco imediato" de ruína das torres, mas sublinhou que o local será alvo de "uma intervenção de emergência" para proteger pessoas e bens.

A demolição daquelas torres já chegou a ser equacionada, na altura em que o ministro do Ambiente era José Sócrates, mas nunca avançou.

Hoje, o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, admitiu que a demolição "não é uma prioridade", face à situação económica do país.

Segundo o autarca, neste momento não se coloca a questão da evacuação das torres, mas haverá uma "avaliação permanente" da situação para a tomada de medidas de acordo com a evolução do estado do mar.

"Não será difícil, caso venha a ser necessário, colocar noutro local [as pessoas que vivem nas torres]", disse.

Garantiu ainda que a Proteção Civil se vai manter "alerta" durante a noite, para acudir a eventuais situações de emergência.

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