Decisão de aterragem em Beja foi tomada após controlo do avião pelos F-16 da Força Aérea

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 nov (Lusa) -- A decisão de aterragem do avião da Air Astana no aeroporto de Beja foi tomada quando os dois F-16 se aproximaram e acompanharam o piloto nos procedimentos de controlo da aeronave, segundo o porta-voz da Força Aérea.

"Quando se começou a ter algum controlo da aeronave foi a partir do momento em os F-16 chegaram junto da aeronave. O piloto começou a ter mais capacidade de controlo e atendendo às dimensões da pista, Beja foi uma opção", disse o tenente-coronel Manuel Costa, em declarações à agência Lusa.

O avião da Air Astana, com seis pessoas a bordo, adiantou, aterrou no aeroporto de Beja, após ter declarado emergência.

A Força Aérea ativou todo o seu sistema primário de Busca e Salvamento, na sequência de uma declaração de emergência por parte da aeronave Embraer EJ 190LR que após descolar de Alverca, que reportou a perda total dos controlos da aeronave.

Em comunicado, a Força Aérea explica que foram ativados todos os meios de salvamento, na contingência de uma aterragem de emergência ou amaragem, e ativada a parelha de F-16M, em alerta permanente na Base Aérea N.º5, em Monte Real, que descolou e realizou o acompanhamento da aeronave em emergência, auxiliando-a até esta aterrar em segurança na Base Aérea N.º11, em Beja.

"Fomos ativados cerca das 13:35, quando fomos informados que havia uma aeronave em emergência e o nosso sistema também detetou essa situação", referiu o porta-voz da Força Aérea à Lusa, adiantando que a aeronave tinha "queda de altitude e dificuldades de controlo", tendo sido manifestada a intenção de fazer amaragem no rio.

A opção de amaragem foi alterada quando os F-16 iniciaram o acompanhamento da aeronave em emergência, auxiliando-a até esta aterrar em segurança na Base Aérea N.º11, em Beja.

As condições meteorológicas na zona de Lisboa, frisou, foi também um dos fatores que entrou na equação para a mudança de planos.

Segundo o tenente-coronel Manuel Costa, a aeronave iniciou os procedimentos necessários para "queimar combustíveis e minimizar o risco de aterragem", tendo aterrado em Beja "sem problemas de maior, em segurança e sem danos materiais nem pessoais".

O porta-voz da Força Aérea adiantou que foi também ativada a base nº6 do Montijo, "que fica perto do local onde se desenrolava o problema "assim como tripulações extra "para dar uma resposta mais rápida e eficaz a uma possível amaragem".

"O sistema funcionou. Tivemos uma coordenação muito eficaz com a Autoridade Aeronáutica Nacional", disse.

Em Beja, adiantou, quando se tornou a opção para uma aterragem por ter uma pista de grande dimensão "propícia a estas situações", foram ativados todos os sistemas de emergência.

O avião da Air Astana, que descolou de Alverca às 13:21 e que declarou emergência, esteve algum tempo a sobrevoar a região a norte de Lisboa e o Alentejo, numa trajetória irregular, antes de ter sido tomada a decisão de o Embraer da companhia do Cazaquistão aterrar no aeroporto de Beja, o que aconteceu às 15:28, à terceira tentativa.

Uma fonte aeronáutica já avançou à Lusa que o avião tinha sofrido uma "falha crítica nos sistemas de navegação e de controlo de voo".

O voo KZR 1388 tinha como destino Minsk, capital da Bielorrúsia.

Fonte do hospital de Beja disse hoje que dois tripulantes do avião, um natural do Cazaquistão e outro de Inglaterra, sofreram ferimentos ligeiros e deram entrada na unidade hospitalar.

GC(JGS/ALU/JH/RRL/LL) // JH

Lusa/fim

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