Assembleia Municipal do Porto chumba estacionamento pago na zona ocidental da cidade

Assembleia Municipal do Porto chumba estacionamento pago na zona ocidental da cidade
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Assembleia Municipal do Porto chumbou esta terça-feira a abertura de um concurso para concessionar mais de três mil lugares de estacionamento pago na zona ocidental da cidade.

A proposta que previa a instalação de parcómetros nas zonas da Foz, do Parque da Cidade, Boavista Oeste e Pasteleira, bem como, a criação de dez novas "bolsas" de aparcamento para residentes foi chumbada pelos grupos municipais do PS, PSD, BE e CDU que criticaram a ausência de uma política integrada de mobilidade.

Em resposta, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, garantiu que a autarquia tudo tem feito para promover uma política integrada de mobilidade, mas está refém de matérias que estão na dependência do Estado central.

"Fiquem a saber que o ministro [do Planeamento e das Infraestruturas] Pedro Marques numa reunião na semana passada, confrontado com vários estudos que lhe foram apresentados em relação à VCI e à necessidade de acabar com as portagens na CREP, o ministro disse que não o iria fazer. Portanto como todas as pessoas que falam estão representadas no parlamento, hão de me explicar, que forma é que a câmara tem de resolver este problema", afirmou.

Rui Moreira acusou o PS e PSD de ,juntos, preconizarem uma espécie de "bloco central" que presta um "péssimo serviço à cidade".

"Temos aqui mais uma evidência do bloco central a funcionar no Porto. O bloco central no Porto está vivo, está bem preparado e está a negociar aquilo que vai ser o futuro do país. Não há problema, nós perante isto, podemos dizer que, os parques de estacionamento do Avis e da Foz Velha não vamos fazer e os senhores serão responsáveis por isso. Acho que os senhores prestam o péssimo serviço à cidade cada um pelas suas razões", disse.

Em resposta, o grupo municipal do PS lamentou a intervenção de Rui Moreira, sublinhando que nesta como em outras matérias, o PS/Porto tem assumido posições contrárias ao governo e até ao próprio partido.

Também o PSD disse não se rever neste tipo de argumentação e devolveu a acusação a Rui Moreira, cuja governação "mais se caracteriza com a de um bloco central".

Já a CDU, o Bloco de Esquerda e PAN, que defenderam que em alguns casos a instalações de parcómetros pode ser importante para permitir a rotatividade do estacionamento, sublinharam que esta proposta de estacionamento pago é uma opção errada e que a concretizar-se quase toda a cidade ficaria coberta.

De acordo com a proposta aprovada na reunião do executivo no dia 18 de setembro, a autarquia pretende melhorar as condições de mobilidade e de usufruto do espaço público, defendendo, sobretudo, os interesses dos moradores e promovendo a rotatividade dos lugares, necessária às atividades de comércio e serviços.

No documento, a autarquia admite que, em termos de mobilidade a zona ocidental, "diferencia-se negativamente pela ausência de uma rede de metro e pela necessidade de recorrer ao transporte público rodoviário como alternativa".

Segundo a autarquia, os moradores da zona ocidental "reclamam pela indisponibilidade de lugares de estacionamento em zonas fortemente ocupadas com lugares privativos" e os comerciantes desejam mais espaço de estacionamento para as suas atividades.

De acordo com o mapa dos anexos à proposta, em causa estão zonas como a Foz Nova, Boavista Oeste, Foz Velha, Império, Parque da Cidade, Vilarinha, Antunes Guimarães, Gomes da Costa e Pasteleira, bem como Foco.

O caderno de encargos anexo à proposta referia que o contrato de concessão "vigorará até ao dia 29 de fevereiro de 2028" e ao município caberá uma receita mínima de 20% da que seja efetivamente cobrada pelo concessionário.

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