Ordem dos Médicos acha que Governo devia ouvir demissionários do Hospital de Gaia

| Norte
Porto Canal com Lusa

O bastonário da Ordem dos Médicos considerou esta sexta-feira que o Governo devia ter a “preocupação”, tal como a comissão parlamentar de Saúde, de ouvir a administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e os diretores demissionários.

Atualizado 15-09-2018 11:40

“Vejo esse pedido [de audição parlamentar] como uma forma que os nossos representantes políticos na Assembleia da República têm de ouvir os portugueses, concretamente os médicos que apresentaram a sua demissão, e perceberem juntamente com eles o que está a acontecer. Esta devia ser aliás uma preocupação também do Governo Português”, afirmou Miguel Guimarães à margem do ' YES Meeting´, congresso internacional, no Porto.

A administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e os diretores e chefes de serviço demissionários vão ser ouvidos pela comissão parlamentar de Saúde.

Na quarta-feira, o presidente da comissão parlamentar de Saúde, José Matos Rosa, adiantou que foram aprovados por unanimidade os requerimentos do CDS e do Bloco de Esquerda que pediam a audição do conselho de administração do Centro Hospitalar, do diretor clínico e restantes diretores demissionários.

A comissão parlamentar de saúde vai tentar ouvir os responsáveis durante a próxima semana.

A audição do diretor clínico e restantes diretores e chefes de serviço que apresentaram a sua demissão deve ser feita em Gaia pela comissão parlamentar de Saúde, sendo que os deputados pretendem fazer, na altura, uma visita ao hospital, como adiantou à agência Lusa o presidente da comissão, José Matos Rosa.

Já a audição da administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, a propósito destas demissões, deverá ser feita no Parlamento, em Lisboa.

O diretor clínico e os diretores e chefes de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, num total de 52 profissionais, anunciaram na semana passada a sua demissão em protesto contra as “condições indignas” em que trabalham.

O bastonário da Ordem dos Médicos reafirmou que os médicos não estão a pedir nada para eles, nem melhores vencimentos, mas melhores condições de trabalho.

A realização de obras, a aquisição e substituição de equipamentos e o reforço do capital humano são “condições essenciais” para que os médicos mantenham a motivação para exercerem a medicina de acordo com as melhores práticas, entendeu.

“Tanto quanto sei, a imensa maioria dos médicos que trabalha no Hospital de Gaia está solidária com os médicos que apresentaram a sua demissão porque todos querem servir melhor os doentes”, concluiu.

Os diretores e chefes de equipa demissionários indicam que se vão manter em funções até serem substituídos pela tutela, segundo disse à agência Lusa o diretor clínico demissionário, José Pedro Moreira da Silva.

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