Bocas de incêndio junto às fábricas em Oliveira de Azeméis sem caudal suficiente

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Porto Canal com Lusa

Oliveira de Azeméis, Aveiro, 24 ago (Lusa) - O comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, que hoje liderou o combate ao fogo que destruiu duas fábricas de calçado em Cucujães, disse que as bocas de incêndio disponíveis não tinham caudal de água suficiente.

"Testámos duas bocas-de-incêndio e o caudal de água era insuficiente para garantir a eficácia das manobras de combate ao fogo", afirmou à Lusa Paulo Vitória, adiantando que os bombeiros apenas utilizaram "a água dos tanques-cisterna" e tiveram que "ir abastecer ao centro da cidade", que fica a cerca de cinco quilómetros.

Contactado pela Lusa, um dos administradores da concessionária Indáqua, Pedro Perdigão, declarou: "O que posso dizer nesta altura é que não houve nenhum problema de funcionamento no abastecimento da rede de água. Pode ter havido alguma falha num marco de incêndio, mas na zona havia outros que podiam ter sido utilizados".

O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira, realçou que "houve sempre água", mas confirmou que "o caudal não tinha pressão correspondente à dos tanques dos bombeiros".

Para o comandante da corporação local, o problema será "responsabilidade da Indáqua", que é a entidade à qual o município de Oliveira de Azeméis concessionou a gestão da rede de água local.

O incêndio desta manhã na Zona Industrial de Rio Meão, freguesia de Cucujães, destruiu a fábrica de calçado Perfa Shoes, que foi a unidade onde o fogo teve início e que emprega cerca de 15 funcionários, e também a contígua Fernanda Oliveira Lda., que conta com cerca de 80 trabalhadores.

O fogo destruiu matéria prima, equipamentos industriais e telhados das duas empresas, sendo que na Perfa existe a possibilidade de a placa do edifício ruir, pelo que os bombeiros ainda se encontravam no local pelas 12:00.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, a Perfa tinha retomado a atividade há dois dias, após o período de férias coletivas, e vinha produzindo tanto para o mercado nacional como para o externo.

"Ainda agora tinha acabado uma encomenda de grande dimensão para a marca Cristina Ferreira", disse o autarca, considerando que, com este incêndio, "fica numa situação muito complicada, porque utiliza máquinas que têm que ser adquiridas no estrangeiro e isso demora".

"Mas [a empresa] está determinada a reiniciar a produção logo que possível", realçou.

A empresa Fernanda Oliveira, por sua vez, ainda se encontrava inativa por ter o respetivo pessoal em usufruto de férias, mas, segundo o presidente da Câmara, "talvez possa retomar a produção mais rapidamente porque é proprietária de outro edifício, mesmo em frente" à fábrica que hoje ardeu.

Segundo o autarca e um agente de seguros no local, ambas as empresas estavam devidamente seguradas.

AYC // JAP

Lusa/Fim

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