Internamentos em macas no hospital de Gaia agravam-se

| Norte
Porto Canal com Lusa

Os internamentos em maca no Serviço de Urgência do Hospital de Vila Nova de Gaia aumentaram de dez para 19 doentes no espaço de três dias, denunciou esta segunda-feira a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.

Atualizado 07-08-2018 11:42

De acordo com dados recolhidos pelo presidente do conselho diretivo da secção regional da ordem, João Paulo Carvalho, às 22:00 de domingo eram 20 os doentes internados em macas, enquanto às 08:00 de hoje eram 19.

Na sexta-feira passada a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros tinha descrito à agência Lusa um cenário que correspondia a dez doentes internados em macas no Serviço de Urgência do Hospital de Vila Nova de Gaia.

Também via mensagem eletrónica, a mesma fonte avançou ter conhecimento de que a equipa de gestão de camas do hospital em causa, esta composta por um médico e um enfermeiro, estava esvaziada por ambos os profissionais se encontrarem de férias.

João Paulo Carvalho disse ter conhecimento de que enquanto se mantêm doentes internados no Serviço de Urgência existem 45 vagas nos serviços.

"Lamentamos esta situação, porque o hospital disse que ia tratar, que ia resolver, e nada está resolvido. Não está a ser dada resposta. Os responsáveis, tendo sido confrontados, com o que está a acontecer, não resolvem o problema. Aliás, este tem-se agravado", disse à Lusa o presidente do conselho diretivo.

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros mantém, assim, a intenção de escrever ao Ministério da Saúde a denunciar o caso e hoje João Paulo Carvalho avançou que pretende enviar o relatório que está a ser redigido à Ordem dos Médicos de forma a que esta entidade "possa intervir no que diz respeito à classe médica".

A agência Lusa procurou obter uma reação junto da administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) que, em resposta escrita, afirmou que "está atualmente em aprovação um procedimento de reestruturação referente ao fluxo interno dos doentes que recorrem ao Serviço de Urgência".

"O número de doentes registado hoje da parte da manhã é frequente no dia de semana em causa [segunda-feira] situação agravada pelas temperaturas adversas do fim de semana", refere a resposta.

O CHVNG/E garante que "a equipa do Serviço de Urgência, como habitualmente, está a transferir os doentes para as unidades de internamento" e reafirma ter "confiança plena nos seus profissionais e Diretores de Serviço agradecendo o esforço e empenho que têm demonstrado na melhoria do serviço aos doentes".

Na semana passada, também a propósito deste tema, o CHVNG/E, em comunicado, garantiu que o internamento de doentes em macas estaria "resolvido" no fim desta semana.

O Conselho de Administração do CHVNG/E confirmou que existem doentes internados em macas no Serviço de Urgência, descrevendo a situação como uma "prática incorreta que se iniciou em 2015" e garantiu: "Este problema estará resolvido no fim da próxima semana" em nota datada de sexta-feira.

"Não faz sentido nenhum que doentes estejam internados em condições não seguras, sem comodidade e sem dignidade, quando existem camas livres no hospital. Achamos que estão a falhar no serviço à população", disse por sua vez, na semana passada, João Paulo Carvalho da Ordem dos Enfermeiros, enquanto o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, admitiu que pretende visitar esta unidade hospitalar e lamentou uma situação que adjetivou de "crónica".

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