Alto Tâmega avança com a criação do primeiro 'hub' de turismo termal
Porto Canal com Lusa
O Alto Tâmega vai avançar com a criação do primeiro ‘hub’ de turismo termal em Portugal, um centro de conhecimento, inovação e investigação que vai unir “em torno da água” empresas, autarquias e instituições de ensino superior.
Atualizado 28-07-2018 12:26
“Temos como tema central e agregador a água, nas suas várias dimensões, enquanto bem-estar, termas, produtora de energia, elemento agregador do território e da natureza”, afirmou Nuno Vaz, presidente da Câmara de Chaves e vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega.
Decorreu hoje, em Chaves, a primeira reunião de trabalho com vista à concretização do ‘hub’ do turismo termal do Alto Tâmega e foi criada uma estrutura de missão que vai desenhar o projeto.
No encontro esteve representado o Governo, através das secretárias de Estado do Turismo e do Ensino Superior, as seis autarquias do Alto Tâmega: Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, empresas, o Instituto Politécnico de Bragança e a Universidade Vigo, em Espanha.
“A CIM do Alto Tâmega identificou a água como um ativo chave deste território e que pode ser muito diferenciador”, afirmou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.
A governante referiu que encontrou uma “convergência de esforços em torno da água” para “criar um espaço de inovação, de incentivo ao desenvolvimento de novos serviços e produtos, de programação, formação e capacitação de pessoas”.
O objetivo é também afirmar, cada vez mais, “a saúde, bem-estar e o termalismo como um atrativo e uma razão para vir não só ao Alto Tâmega, mas a Portugal”. Este é, sublinhou, um “produto âncora de promoção turística”.
“Precisamos disto, de cada vez mais reinventar as nossas termas. Tivemos um passo importante que foi a reposição da comparticipação”, referiu.
Neste ‘hub’, explicou, far-se-á a união entre a ciência e o conhecimento para capacitar recursos humanos, preparar ações de formação e incentivar novos negócios.
“Temos um imenso território, com um valor inequívoco e inestimável que se pode constituir um espaço privilegiado para ampliarmos tudo o que tem a ver com a investigação, a valorização de recursos tão importantes como a água, que é um denominador comum, mas apostando cada vez mais na formação dos recursos humanos, que será seguramente um dos desafios mais complexos que nós temos pela frente nos próximos anos”, afirmou a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo.
A CIM vai preparar uma candidatura para apresentar ao programa Valorizar, que visa, precisamente, incentivar e desconcentrar a procura ao longo de todo o território nacional, valorizando aquilo que é único.
Nuno Vaz referiu que a região possui “carências e fragilidades”, sobretudo ao nível do conhecimento, da inovação e da capacitação.
“Somos a única CIM do país que não tem Ensino Superior. Temos que criar condições para que seja possível criar conhecimento e inovação, para que as empresas, organizações, produtos e processos possam ganhar competitividade, escala e afirmação”, frisou.