Trabalhadores das Misericórdias do Alto Minho exigem aumentos salariais

| Norte
Porto Canal com Lusa

Cerca de meia centena de trabalhadores das dez Misericórdias do Alto Minho concentraram-se esta sexta-feira, em dia de greve, em pleno centro de Viana do Castelo para reivindicar aumentos salariais, bem como melhoria das condições de trabalho.

Atualizado 28-07-2018 12:00

"Viemos demonstrar que se esgotou a paciência destes trabalhadores que estão há cerca de 30 anos a ganhar o salário mínimo nacional. A União das Misericórdias Portuguesas está fechada a negociações. É urgente, é necessário que a União das Misericórdias Portuguesas esteja aberta a negociar e que aumente estas trabalhadoras", afirmou a dirigente local Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Rosa Silva.

Durante a concentração foi aprovada, "por unanimidade e aclamação, uma moção onde constam as principais reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente, o aumento dos salários, pagamento das diuturnidades, pagamento em dobro do trabalho normal em dia feriado e admissão de mais trabalhadores para as diferentes valências".

Da praça da República, o protesto partiu em direção à delegação local da Autoridade Para as Condições de Trabalho (ACT) que Rosa Silva acusou de "não atuar", apesar das "imensas queixas apresentadas pelos trabalhadores".

Segundo Rosa Silva, no distrito de Viana do Castelo as dez Misericórdias empregam "mais de mil trabalhadores, a maioria mulheres".

Questionada pela Lusa, a sindicalista adiantou que "novas formas de luta poderão realizar-se, até que a União de Misericórdias Portuguesas aceite sentar-se à mesa das negociações"

Em dia de grande movimento na capital do Alto Minho e ao som de bombos e bandas de música de várias romarias do concelho que se apresentavam à cidade, as cerca de 50 trabalhadores entoaram-se palavras de ordem, exibiram uma faixa onde se lia "Trabalhadores das Misericórdias do distrito de Viana do Castelo lutam pelo aumento dos salários e diuturnidades" e empunharam cartazes, um deles com a frase: "Não há dinheiro para aumentar salários dos trabalhadores, não há 75 milhões para o Montepio".

Também presença na ação, a dirigente nacional do CESP, Célia Lopes, sublinhou que os trabalhadores "pretendem algo que é, completamente justo, como os aumentos salariais e o cumprimento do pagamento de diuturnidades".

"Estamos em 2018 e não há uma Misericórdia do distrito a cumprir as diuturnidades. Importa referir que aos trabalhadores com 25 anos de trabalho são devidas em diuturnidades, semanalmente, na ordem dos 70 euros. É muito dinheiro para quem está a receber 580 euros de salário. É uma vergonha que indicia que as Misericórdias, que investem 75 milhões de euros no Montepio, estão a fazer esta solidariedade à custa das condições de vida dos trabalhadores", afirmou a sindicalista.

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