"Temos sido escrupulosos no cumprimento das nossas obrigações"
Porto Canal com fcporto.pt
A Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD realizou nesta segunda-feira uma conferência de imprensa para apresentar a nova Oferta Pública de Subscrição de Obrigações. A FC Porto SAD 2018-2021 é destinada ao público em geral, com uma taxa de juro bruta de 4,75% e montante inicial previsto de até 35 milhões de euros.
Atualizado 15-05-2018 11:40
“Este é o oitavo empréstimo obrigacionista que a FC Porto SAD lança e todos com grande sucesso. É normal que este tenha novamente sucesso porque o FC Porto tem sido escrupuloso no cumprimento das suas obrigações. O FC Porto nunca teve perdões de dívidas, perdões de juros, cumpriu sempre como bom pagador as suas obrigações com a banca”, salientou Fernando Gomes, durante a conferência.
O administrador financeiro da SAD do FC Porto acredita que o montante previsto será garantido num curto espaço de tempo: “É um bom investimento. Um investimento com boa razoabilidade de taxa de juros face ao que o mercado oferece e a procura tem sido muito superior à oferta. Normalmente, nos primeiros dias conseguimos atingir o valor da proposta que fazemos.”
O FC Porto tem cumprido escrupulosamente com as suas obrigações, enfrentando dessa forma um cenário de concorrência desleal: “O FC Porto tem tido um comportamento normal, como cliente da Banca, comportamento que deveria ser exigido a todos. Trata-se de concorrência desleal quando uns cumprem e outros beneficiam de condições que tornam esta competição menos justa. Por outro lado, sabemos o que esse tipo de incumprimentos custa a todos. Seja do Sporting, do Benfica, seja de quem for. Se as regras de mercado não forem iguais para todos, há concorrência desleal e isso é inadmissível”, disse Fernando Gomes.
Respondendo às questões dos jornalistas presentes na conferência de imprensa, o administrador financeiro da SAD azul e branca abordou o acordo estabelecido com a UEFA para o cumprimento do fair play financeiro: “Vamos cumprir o que está determinado no acordo com a UEFA. O FC Porto vai cumprir esse objetivo este ano e tenho a convicção que no próximo ano já não estaremos sob o fair play financeiro.”
Fernando Gomes fez ainda questão de esclarecer as dúvidas relacionas com os capitais próprios negativos da SAD: “É preciso explicar que os ativos do FC Porto englobam o seu plantel e que o plantel de um clube de futebol é registado pelo seu valor de aquisição, com esse valor a baixar de ano para ano. Ou seja: se comprarmos um jogador por 10 milhões de euros e um contrato de quatro anos, no final do primeiro ano esse jogador terá um valor contabilístico de 7,5 milhões de euros, no ano seguinte de 5 milhões, etc.”
“Se olharmos para a situação atual, este plantel surge no nosso balanço com um valor contabilístico de 93 milhões de euros. Se virem no Transfermarkt, um site especializado, o valor é de 230 milhões de euros. O Transfermarkt até faz uma avaliação por baixo, porque o Soares está avaliado em 7 milhões, o Felipe em 12 milhões, o Marega também em 12 milhões. O FC Porto não venderia o Marega por 12 milhões, por exemplo. Portanto, apesar de pontualmente o FC Porto estar numa situação contabilística de capitais próprios negativos, o seu património demonstra que está muito longe desse cenário na realidade”, concluiu o administrador portista.