Impacto da ligação de alta tensão entre a Galiza e Portugal debatido em Monção

| Norte
Porto Canal / Agências

Monção, 20 jan (Lusa) - A Câmara de Monção anunciou hoje a realização de uma conferência para debater o impacto na saúde pública da nova ligação elétrica de alta tensão entre Espanha e Portugal, que se encontra em consulta pública.

De acordo com fonte do município, esta conferência terá lugar no concelho, a 08 de fevereiro, e servirá para "analisar" o assunto e "apontar algumas sugestões e propostas" da população.

O encontro contará com a presença de especialistas de saúde pública e ambiental, mas a autarquia sublinha não estar contra este "projeto de desenvolvimento energético", apesar de assumir "preocupação" e "apreensão" com os "previsíveis efeitos" que a ligação "poderá ter na saúde pública, natureza e património".

Por isso mesmo, o município defende um traçado "sem qualquer prejuízo humano, animal ou ambiental", apelando à participação da população e entidades públicas na fase de consulta pública desta instalação, que termina a 13 de fevereiro.

A Câmara já assumiu que o parecer que terá de entregar no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da nova ligação vai incluir as "preocupações da população", a recolher nesta conferência, agora agendada.

Em causa está a construção de uma linha elétrica de 400 KV desde Fontefria, em território galego, e até à fronteira portuguesa, com o seu prolongamento à rede elétrica nacional, no âmbito da Rede Nacional de Transporte (RNT) operada pela empresa Rede Elétrica Nacional (REN).

O troço português prevê a construção desta linha através de oito dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo e ainda por Vila Nova de Famalicão, Barcelos (ambos do distrito de Braga, Vila do Conde e Póvoa de Varzim (os dois do distrito do Porto).

Para a Câmara de Monção, a apreensão deve-se ao facto de o EIA não fazer "nenhum alerta para a saúde", não referir "quais os impactos deste tipo de linha para a saúde", além de não estar definido, em concreto, o futuro traçado.

De acordo com o documento em Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) na Agência Portuguesa do Ambiente, o troço nacional deste projeto prevê a construção de duas novas linhas duplas trifásicas de 400 KV, atravessando, potencialmente, 121 freguesias.

Trata-se de um novo eixo de ligação entre a fronteira e o Porto que, ainda de acordo com o documento, "permitirá dar resposta simultânea a várias necessidades de reforço da rede, no sentido da receção de nova produção renovável na zona do Minho", mas também para garantir o "aumento das capacidades de interligação com Espanha e de melhores condições de alimentação aos consumos do Minho litoral".

"A nível regional, a não concretização do presente projeto será negativa, uma vez que poderá pôr em causa os objetivos de reforço da RNT de eletricidade e de interligação a Espanha", lê-se no documento, consultado pela Lusa.

PYJ // ARA

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