DGArtes: Concentração nos Açores quis "provocar a reflexão" sobre cultura na região

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Porto Canal com Lusa

Ponta Delgada, Açores, 06 abr (Lusa) - Uma concentração realizada esta tarde em Ponta Delgada, a propósito do Programa Sustentado da Direção-Geral das Artes (DGArtes) juntou cerca de 20 pessoas e pretendeu funcionar como espaço para "provocar reflexão", sobre a cultura nos Açores.

"Acho que a cultura está em crise em Ponta Delgada, mas essa é só a minha opinião. É uma reflexão que quero colocar", assinalou Cristina Cunha, que promoveu a concentração desta tarde, em frente ao Teatro Micaelense, em São Miguel.

Para a responsável, era "muito importante" perceber se aderia "muita gente ou não" ao evento e, para o futuro, pretende-se perceber "que tipo de preocupações tem o público e os artistas" dos Açores, numa altura em que tanto se fala em cultura "a nível nacional".

"Nós que sentimos tanto a centralização da cultura, temos de fazer um levantamento da situação sobre que público temos de atingir e que tipo de necessidades há nesta região", advogou, falando à agência Lusa.

Os concursos do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes, para os anos de 2018-2021, partiram com um montante global de 64,5 milhões de euros, em outubro, subiram aos 72,5 milhões, no início desta semana, perante a contestação no setor, e o secretário de Estado da Cultura, admitiu, na terça-feira, em conferência de imprensa, a possibilidade de essa verba vir a ser reforçada, numa articulação entre o Ministério da Cultura e o gabinete do primeiro-ministro.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que o programa de apoio sustentado às artes 2018-2021 será reforçado para um total de 81,5 milhões de euros, para apoiar 183 candidaturas, incluindo estruturas culturais elegíveis que tinham sido deixadas de fora, por falta de verba, segundo os resultados provisórios revelados na sexta-feira passada.

Para 2018, o Programa de Apoio Sustentado tinha previsto inicialmente um montante de 15 milhões de euros, que agora ascende a 19,2 milhões com os dois reforços dos últimos dias.

O Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021 envolve seis áreas artísticas - circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro -- tendo sido admitidas a concurso, este ano, 242 das 250 candidaturas apresentadas. Os resultados provisórios apontam para a concessão de apoio a 140 companhias e projetos.

Sem financiamento, de acordo com os resultados iniciais, tinham ficado companhias como o Teatro Experimental do Porto, o Teatro Experimental de Cascais, as únicas estruturas profissionais de Évora (Centro Dramático de Évora) e de Coimbra (Escola da Noite e O Teatrão), além de projetos como a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Bienal de Cerveira e o Chapitô, tendo algumas delas visto já, como elegíveis, a possibilidade de aceder a verbas, nos próximos anos.

Os dados iniciais deram origem a contestação no setor, e levaram o PCP e o Bloco de Esquerda a pedir a audição, com caráter de urgência, do ministro da Cultura e da diretora-geral das Artes, em comissão parlamentar, o que se verificará na terça-feira.

Em comunicado, sindicatos e associações do setor anunciaram ações de protesto para hoje em Lisboa, Porto, Coimbra, Beja, Funchal e Ponta Delgada, mantendo as manifestações apesar dos anúncios de reforços de verbas.

De acordo com o calendário da DGArtes, os resultados definitivos dos concursos deverão ser conhecidos até meados de maio, nas diferentes disciplinas.

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