Presidente da Câmara de Cascais propõe debate sobre património a nível nacional

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Porto Canal com Lusa

Cascais, 08 fev (Lusa) -- O presidente da Câmara de Cascais defendeu hoje que deve ser promovido um amplo debate sobre o património do Estado que se encontra abandonado e que pode ser fonte de rendimentos, a nível nacional.

"O Estado, na maior parte dos casos não sabe as propriedades que tem; quando sabe o que tem não sabe o que fazer com elas e quando sabe o que fazer com elas precisa das autarquias para as dinamizar", disse à agência Lusa Carlos Carreiras.

Segundo Carlos Carreiras, "muito do património do Estado nem sequer está registado" sendo que se está a "falar de um ativo que pode atingir vários 'biliões' de euros" que, afirma, podem contribuir para as contas públicas.

"É um desperdício, num tempo em que não podemos desperdiçar nada", disse o social-democrata Carlos Carreiras.

O autarca de Cascais disse à Lusa que a autarquia está disposta a recuperar o forte de Santo António da Barra, uma edificação do início da ocupação filipina e que se encontra abandonada e vandalizada.

"O forte teve origem no Ministério da Defesa mas hoje está no Ministério das Finanças. Em termos de vontade política eu não tenho dúvidas de que existe vontade para concretizar uma solução, mas o problema está a outro nível: em outros departamentos e institutos dentro do próprio Estado Central", referiu Carreiras sobre a situação específica do forte vandalizado.

Além da situação do Forte de Santo António da Barra, o presidente da Câmara de Cascais defende um "amplo debate" a nível nacional sobre o património abandonado, em todo o país, e lamenta a falta de interesse por parte da Assembleia da República.

"Tenho esperança de que quando se está a discutir o Orçamento Geral do Estado (...) se passe para a 'contabilidade patrimonial', mas os anos passam e nunca há interesse por parte da Assembleia da República e da opinião pública", diz o autarca que vê no património uma fonte de rendimento, caso possa ser aproveitado.

"O património é nosso e estamos a desperdiça-lo, estamos a perder, em alguns casos a criação de postos de trabalho, e o próprio Estado podia, deste modo, criar mais emprego e conseguir mais contribuições sociais. Estamos sempre a perder", lamenta.

PSP // SB

Lusa/Fim

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