Ministro do Ambiente diz que obras urgentes avançam enquanto revê estratégia para litoral
Porto Canal / Agências
Ílhavo, 08 jan (Lusa) - O ministro do Ambiente, Moreira da Silva, disse hoje que o governo está a reavaliar a estratégia nacional de proteção do litoral, mas também a agir de imediato, com 313 intervenções, num esforço de 300 milhões de euros.
"O ministério está a rever a estratégia nacional de Proteção da Zona Costeira face à reavaliação de alguns riscos, mas essa análise não nos impede de intervir no curto prazo. Muitas vezes os estudos são um bom pretexto para não agir, mas neste caso nós estamos a fazer as duas coisas: estamos a executar obra e a ponderar as opções, à luz de uma nova avaliação de riscos", disse.
Moreira da Silva falava na Praia da Barra, Ílhavo, onde o mar tem avançado consecutivamente sobre a duna primária, apesar das recargas de areia e pedra, e destruiu um bar nos últimos dias, o que levou o presidente da Câmara, Fernando Caçoilo, a reclamar a construção de um novo esporão.
O ministro salientou que o Governo está a lançar várias obras de contingência, ao longo da costa portuguesa, representando um investimento de 300 milhões de euros, a executar este ano e no próximo no litoral, "o maior esforço financeiro do Orçamento do Estado" no âmbito do Ministério do Ambiente.
"A grande prioridade do Ministério é precisamente a proteção de pessoas e bens no litoral, mas paralelamente continuamos a ponderar outras opções, à luz de uma nova avaliação de riscos. Ainda ontem tive oportunidade de lançar mais concursos relativos a cinco intervenções nesta zona, de um total de 313 intervenções em todo o litoral português. O compromisso que o governo tem é de executar a obra até ao verão.
Sobre o esporão que Fernando Caçoilo pretende ver construído na Barra, já que as ações de enchimento da praia não têm resultado, devido ao sentido das correntes, Moreira da Silva respondeu que "o governo tem abertura para intervir no curto prazo, com os concursos que estão prontos e com obra até ao verão, mas também para fazer uma avaliação sobre intervenções mais estruturais em alguns pontos da costa em que a recarga do areal se tem demonstrado insuficiente.
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Lusa / Fim