Depressão tropical deixa 20 mil pessoas sem casas no norte de Moçambique

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Porto Canal com Lusa

Maputo, 17 jan (Lusa) - Mais de 20 mil pessoas perderam as suas casas na sequência de uma depressão tropical que atingiu, na segunda-feira, o norte de Moçambique, informou hoje o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.

Falando durante uma conferência de imprensa em Maputo, Paulo Tomás disse que, com a chuva e ventos fortes na região, a instituição contabilizou 4.110 casas destruídas nos distritos de Monapo, Mossuril, Meconta e Ilha de Moçambique, província de Nampula, norte do país.

As autoridades não registaram vítimas mortais, mas há um grupo de 250 pessoas isoladas em Sagane, na Ilha de Moçambique, tendo sido acionada a Unidade Nacional de Proteção Civil para assistir estas famílias, um processo que já está em curso nos pontos mais afetados.

"O sistema desloca-se para a costa, estando, neste momento, a afetar as zonas costeiras das províncias de Nampula e Cabo Delgado [norte do país]", alertou o porta-voz, acrescentando que "há probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas em todas as províncias do norte do país".

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades contabiliza ainda danos em 45 salas de aula, 32 embarcações e 38 postes de eletricidade.

O mau tempo na região começou na segunda-feira, com rajadas de vento a atingirem 85 quilómetros por hora, além de descargas atmosféricas e chuvas fortes, acima dos 200 milímetros em 24 horas.

Entre outubro e abril, Moçambique é atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral, mas, paradoxalmente, o sul do país é igualmente afetado por secas prolongadas.

Para fazer face ao atual período chuvoso em Moçambique, o INGC precisa de mil milhões de meticais (mais de 14 milhões de euros).

O Governo moçambicano emitiu um alerta laranja, que serve para intensificar as ações de monitorização e prontidão.

As autoridades moçambicanas preveem para a época de chuvas 2016/2016 três cenários distribuídos pelo território moçambicano, nomeadamente chuva, ventos fortes e seca.

EYAC // VM

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