Agrupamento de Escolas de Arraiolos evacuado após sismo com epicentro na zona

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Porto Canal com Lusa

Arraiolos, Évora, 15 jan (Lusa) -- O Agrupamento de Escolas de Arraiolos (Évora) foi hoje evacuado, como medida de prevenção, na sequência do sismo de magnitude 4,9 na escala de Richter que teve epicentro na zona, indicaram fontes da escola e da câmara.

Um funcionário da Escola Básica e Secundária Cunha Rivara, sede do agrupamento escolar, disse à agência Lusa que o estabelecimento "foi evacuado, como medida de prevenção".

Contactado pela Lusa, José Manuel Pinto, do gabinete de informação da Câmara de Arraiolos, explicou que o plano de segurança do agrupamento escolar "foi acionado" e que "os professores e alunos saíram do edifício".

"Os professores seguiram as regras que estão definidas e levaram os alunos para um ponto de encontro que está estabelecido no plano de segurança", acrescentou.

O sismo de magnitude 4,9 foi registado às 11:51 e teve epicentro a cerca de seis quilómetros Norte-Nordeste de Arraiolos, revelou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo o IPMA, o tremor de terra foi sentido em Portugal continental.

Em Arraiolos, além da evacuação do agrupamento escolar, o sismo assustou os habitantes, mas não há registo de danos pessoais ou materiais, segundo a câmara e os bombeiros.

"Sentimos o sismo, mas, até ver, não temos registo de quaisquer prejuízos", disse à Lusa um bombeiro de serviço na corporação local, acrescentando que "alguns habitantes" têm estado a telefonar para o quartel "a perguntar o que é que aconteceu porque também sentiram" o tremor de terra.

Conceição Estrada, proprietária de um café da vila, o Snack-Bar O Rossio, está hoje de folga em casa e disse à Lusa ter apanhado "um susto" quando ouviu "um barulho horrível" e "caíram os copos da cristaleira e as molduras de fotografias".

"Foi horrível, foi muito forte. Não ganhei para o susto, parecia um grande camião a passar e tremeu tudo", relatou, explicando que o sismo "durou poucos segundos" e que, quando saiu para a rua, outras pessoas já lá estavam: "Nunca tinha visto tanta gente aparecer de repente, foi tudo para a rua".

Maria Leonor, dona de outro café da vila, a Cafetaria D. Leonor, contou à Lusa que o sismo também a assustou: "Fiquei a tremer".

"Sentimos o sismo, com barulho e tudo e o café tremeu. Pensei que era uma carrinha que estava a estacionar na rua, que tinha feito tremer a casa, mas o condutor saiu e disse que também tinha a carrinha a tremer", afirmou.

Segundo José Manuel Pinto, da câmara municipal, a seguir ao tremor de terra, "houve muitas pessoas a irem para a rua" e alguns habitantes mais idosos "disseram que há muitos anos não se sentia um sismo tão grande" na vila alentejana.

O sismo foi sentido um pouco por todo o Alentejo, mas sem registo de quaisquer danos pessoais ou materiais.

A Lusa obteve relatos do tremor de terra em cidades como Évora, Beja, Portalegre, Estremoz ou Reguengos de Monsaraz.

Mais a sul, no Algarve, também foi sentido na cidade de Portimão.

Vários testemunhos relataram a queda de molduras, objetos a mexer e o "barulho intenso".

Os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, Beja e Portalegre indicaram à Lusa não haver notícia de qualquer dano.

RRL/MLM/JPC (SO) // MLM

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