Marginal do Porto cortada por prevenção e para limpar lixo arrastado pelo mar
Porto Canal / Agências
Porto, 07 jan (Lusa) - A marginal da Foz do Douro, no Porto, estará fechada ao trânsito pelo menos até ao fim da tarde de hoje por prevenção e para que seja possível remover as "toneladas de lixo" que o mar galgou para terra.
A força das ondas, que na segunda-feira apanhou pessoas e carros, bem como deixou praticamente irrecuperável o restaurante da praia do Ourigo, não tem hoje o mesmo impacto, mas ainda assim, é preciso estar alerta.
O comandante da Polícia Municipal do Porto, Leitão da Silva, disse esta manhã à Lusa que "hoje está tudo mais pacífico", contudo, a agitação marítima é avaliada "a todo o momento com a autoridade marítima".
"Se houver necessidade, [a marginal] continuará cortada", afirmou, acrescentando ser "pouco verosímil" que a rua Coronel Raul Peres e a avenida D. Carlos I sejam reabertas antes do final do dia, também devido aos trabalhos de limpeza que decorrem no local.
Leitão da Silva afirmou serem "muitas toneladas de lixo e areia" que o mar galgou para terra na segunda-feira.
No areal da praia do Ourigo, madeiras, plásticos e pedras acumulavam-se esta manhã junto ao paredão, sendo que muitos dos detritos pertenciam ao restaurante Shis, do qual restou apenas uma parte da sua estrutura que aparenta ser irrecuperável.
O comandante da capitania do Porto do Douro, Raul Risso, adiantou que a forte ondulação que se fez sentir na segunda-feira na costa, com ondas entre os "seis e os oito metros", provocou "estragos avultados" no Porto, mas também em Gaia e em Espinho.
"Estamos numa fase de avaliação de estragos de estruturas aqui implantadas, nomeadamente bares e restaurantes", disse, sendo que alguns estão 2quase em situação de colapso".
Raul Risso afirmou ser "expectável que até ao final da semana" a agitação marítima venha a normalizar, "mais ainda o cuidado é todo".
As recomendações à população para que "não se aproxime da linha de rebentação e da costa" mantém-se, disse.
O que se pede à população é que tenha "cuidados redobrados" e que não ultrapasse o perímetro de segurança montado no local.
Leitão da Silva reforçou este apelo, afirmando que, apesar de compreender que "a espetacularidade possa ser atrativa, as pessoas devem evitar a orla marítima".
"Apesar de [a zona] estar balizada, há pessoas que ainda tentam furar o balizamento policial e vir tirar fotografias ao mar", lamentou.
JAP/AYCS // JGJ
Lusa/Fim