Secretário-geral do PS desafia FMI e Governo português a "passar do arrependimento à ação"

| Política
Porto Canal / Agências

Londres, 06 Jun (Lusa) - O secretário-geral do PS desafiou hoje hoje o FMI e o Governo português a "passar do arrependimento à ação", defendendo o pagamento pelo executivo de três mil milhões de euros em atraso a fornecedores para ajudar a economia nacional.

"É importante que o FMI reconheça os seus erros, mas não bastam os arrependimentos - é necessário passar do arrependimento à ação", comentou hoje António José Seguro a propósito de um relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado na quarta-feira.

Neste documento, a organização reconhece que o primeiro plano de resgate da Grécia em 2010 se saldou por "falhanços notáveis", devido a previsões de crescimento demasiado otimistas e a desacordos internos na 'troika'.

Seguro criticou o "passa culpas entre o FMI e a Comissão Europeia" e incitou o Governo português a tirar conclusões.

"Palavras não chegam. Se reconhecem que a política de austeridade não resolve os problemas, é altura de parar com a política de austeridade e criar condições para ajudar a nossa economia a crescer", vincou, em declarações em Londres após um encontro com o líder do partido Trabalhista britânico, Ed Miliband.

O dirigente socialista fez uma proposta "concreta", que é "garantir que o Governo português possa pagar aos seus fornecedores, às empresas, o dinheiro que lhes deve".

Segundo o secretário-geral do PS, "se o governo português pagar às empresas os cerca de três mil milhões de euros que lhes deve, isso é uma grande ajuda para que as nossas empresas possam continuar a produzir, a preservar postos de trabalhar e a criar novas oportunidades de emprego".

BM // SMA

Lusa/fim

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