Oposição em Montalegre protesta, presidente fala em politica de "chiqueiro"

| Norte
Porto Canal com Lusa

Os dois vereadores da aposição na Câmara de Montalegre, eleitos pela coligação PSD/CDS-PP, trabalharam hoje numa mesa improvisada no átrio da autarquia em protesto contra a "falta de condições" para o exercício do mandato.

José António Carvalho de Moura e José de Moura Rodrigues, eleitos em outubro pela coligação "A Força da Mudança", fizeram um protesto público e simbólico contra o indeferimento do seu pedido para que o presidente da autarquia local, o socialista Orlando Alves, lhes disponibilize os recursos físicos, materiais e humanos que dizem ser necessários ao exercício do mandato e conforme alegam estar previsto na lei.

Em protesto, os dois vereadores estão esta manhã a preparar a reunião de câmara, prevista para a tarde, no átrio do edifício camarário, em duas mesas pedidas emprestadas a um café e num banco daquele município do distrito de Vila Real.

Carvalho de Moura disse à agência Lusa que reparou que, esta manhã, tinha sido retirada a mesa que costuma estar no segundo andar da autarquia.

"O que pretendemos é que nos sejam garantidos os direitos que temos como oposição, na base dos estatutos e do direito da oposição que está consagrado em lei. Pedimos um gabinete, pedimos suportes eletrónicos, pedimos outras coisas e nada nos foi concedido", salientou.

Os vereadores pediram um gabinete e meios logísticos que alegam ser necessários à atividade, apoio de secretariado, horário de atendimento aos munícipes e acesso à rede digital interna do município.

Carvalho de Moura referiu que querem melhores condições de trabalho para também poderem ser uma "oposição mais construtiva".

"Infelizmente nós não contamos aqui para esta câmara, para este executivo municipal, e nós temos que fazer ver as nossas razões desta forma", salientou Carvalho de Moura.

O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, disse que o município não pode dar resposta ao que é solicitado pela oposição, que pede, inclusive, "apoio administrativo de uma secretária, computadores, telefones e chave da câmara para entrar a qualquer hora".

"É gente que não tem noção do ridículo e só me apetece dizer que tenham vergonha e que aprendam como por todo o lado se faz oposição", afirmou à agência Lusa.

E acrescentou: "como não têm ideias refrescantes navegam em águas sujas e fazem política de chiqueiro".

O PS liderado por Orlando Alves venceu as eleições de outubro com 60,60% dos votos (4.696 votos) contra os 30,75% (2.383 votos) conseguidos pela coligação liderada por Carvalho de Moura, que foi presidente de câmara de Montalegre a seguir ao 25 de Abril.

O PS conquistou cinco mandatos e a coligação dois.

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