EDP e chineses da CTG vão investir em projetos conjuntos no Brasil e Moçambique

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Porto Canal / Agências

São Paulo, 06 jun (Lusa) - A EDP, juntamente com o seu maior acionista, a China Three Gorges(CTG), vai investir em projetos conjuntos no Brasil e em África, com maior incidência em Moçambique, referiu hoje Marques da Cruz, administrador da empresa portuguesa.

O responsável da EDP, à margem do evento EDPartners a decorrer em São Paulo, Brasil, disse aos jornalistas que a empresa portuguesa e a CTG estão a olhar "para projetos no mundo onde a EDP pode acrescentar valor", sendo que "o Brasil é um deles, como também África".

João Marques da Cruz, o administrador da EDP que tem o pelouro da colaboração com os chineses da CTG, adiantou que "os próximos projetos com a CTG irão acontecer no curto prazo".

Embora sem referir qualquer projeto em concreto, o responsável citou o potencial de negócio em Moçambique em oposição a Angola: "Moçambique tem uma rede que está ligada à África do Sul e em Angola não é assim".

Marques da Cruz deixou entender que os projetos hídricos em Moçambique podem ter dois clientes, o próprio país e África do Sul, enquanto que em Angola será mais difícil por não ter rede de distribuição de eletricidade ligada a qualquer outro país africano.

Para além de Cahora Bassa, Moçambique tem projetada uma outra barragem de grande dimensão, Mphanda Nkuwa, entregue ao consórcio onde estão os brasileiros da Camargo Corrêa, um investimento que supera os 1,5 mil milhões de euros.

"Os países emergentes são a novidade no mundo e por isso não podemos estar fora desta lógica", adiantou Marques da Cruz.

Daí que venham a resultar projetos comuns no Brasil, onde o administrador da EDP referiu não esconder ser do interesse da empresa "cativar a CTG para este mercado".

"É muito fácil e normal que as grandes empresas chinesas como a CTG estejam interessados no potencial hídrico do Brasil e faz lógica em termos de mercado", acrescentou.

A EDP tem neste momento a decorrer dois grandes investimentos em barragens no Brasil, a do Jari, no norte do país, um investimento de 285 milhões de euros, e Cachoeira Caldeirão, um investimento de cerca de 400 milhões de euros ainda por iniciar.

Par além de investimentos conjuntos entre a EDP e a CTG, Marques da Cruz revelou estar a trabalhar "em transações iguais àquelas que aconteceram em Portugal", referindo-se ao acordo de venda de posições em parques eólicos por 350 milhões de euros, deixando antever que poderá haver um acordo mais amplo para a Europa, conforme já tinha anunciado o presidente da EDP, António Mexia.

A EDP e a CTG têm um acordo decorrente da privatização em que terão de investir em conjunto cerca de 2 mil milhões de euros, quer em venda de ativos, como aconteceu em Portugal com a alienação de parte dos parques eólicos, quer na concretização de novos projetos.

O presidente da EDP já disse que pretendia chegar ao final do ano aos cerca de mil milhões de euros concretizados.

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