Aveiro, 06 jun (Lusa) - Cinco dos sete suspeitos detidos numa operação da Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro que desmantelou uma presumível rede que se dedicava à prática de burlas e roubos em todo o país ficaram em prisão preventiva, disse hoje fonte judicial.

As medidas de coação foram conhecidas ao princípio da tarde de hoje, no Juízo de Instrução Criminal de Aveiro, concluindo assim o interrogatório judicial que começou na quarta-feira e que durou até cerca das 23:00.

A juíza de instrução criminal aplicou a medida de coação mais gravosa a cinco dos arguidos. Os outros dois saíram em liberdade com a obrigação de fazer apresentações diárias nas autoridades policiais e proibição de contactos com as vítimas.

Os arguidos, com idades entre os 26 e 50 anos, estão indiciados por mais de 40 crimes, entre associação criminosa, branqueamento de capitais, burla qualificada, roubo agravado e detenção de arma proibida.

A detenção dos sete homens foi anunciada na quarta-feira, no âmbito de uma ação policial que decorreu nas zonas de residência dos suspeitos (Espinho, Setúbal, Barreiro e Almada).

Na mesma ocasião foram detidos outros dois homens por posse de arma proibida, que foram presentes a primeiro interrogatório judicial em comarcas da Grande Lisboa.

"Os, detidos formavam um grupo organizado que se vem dedicando, há largo tempo, à prática de burlas e roubos em todo o país e visava pessoas idosas e indefesas", refere a PJ.

Segundo os investigadores, os indivíduos apresentavam-se como inspetores das Finanças ou funcionários da Segurança Social e diziam ter a missão de trocar notas que iriam sair de circulação.

Durante a operação, que contou com a colaboração de investigadores da Unidade Nacional Contra Terrorismo e da PJ de Setúbal, foram apreendidos cerca de 7,5 quilos de ouro, 13 viaturas, grande parte delas de grande cilindrada, e seis armas de fogo.

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