Oposição angolana recorda o que está por fazer no dia da independência

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Porto Canal com Lusa

Luanda, 11 nov (Lusa) - Os partidos da oposição angolana apelaram hoje à consolidação do processo democrático do país, que afirmam ainda não ter sido concluído à passagem dos 42 anos sobre a proclamação da independência nacional, a 11 de novembro de 1975.

Em comunicado a propósito da data, a comissão política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), um dos três movimentos de libertação nacional, recorda a "necessidade de continuar a defender a dignidade dos angolanos e trabalhar para a consolidação e aprofundamento do Estado Democrático de Direito".

"Ontem como hoje, a UNITA vai continuar a defender os princípios que motivaram a sua criação: a independência nacional, a união de todos os angolanos, o desenvolvimento económico, a democracia pluripartidária e a justiça social", afirma o partido fundado por Jonas Savimbi.

Já a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), segunda força da oposição, recorda o atual momento da vida política nacional, com a saída do poder de José Eduardo dos Santos, ao fim de 38 anos, e a entrada de João Lourenço, novo chefe de Estado: "Naturalmente alguns passos são dados neste período de estado de graça, mas por não aflorarem o âmago das questões das reformas exigidas, os indicadores alertam já, que muito longe estão para atingir as metas do essencial que são a realização de todos os angolanos por igual".

"Entre alegrias e tristezas, habitam neste percurso de 42 anos, sonhos não realizados, projetos frustrados, no meio de mágoas, por injustiças acometidas, motivadas por um sem número de promessas sistematicamente incumpridas por quem de direito", critica ainda aquela coligação, na mensagem do 42.º aniversário da independência.

Já o Bloco Democrático, que nas eleições gerais de 23 de agosto elegeu um deputado, na lista da CASA-CE, diz que a "independência" ainda não chegou à grande maioria dos angolanos.

No comunicado do secretariado nacional, o partido constata de "forma dolorosa que, a par da conquista da paz e de liberdades fundamentais, as aspirações profundas do povo angolano ainda estão por se realizar".

"Em consequência de um Executivo mais preocupado em tornar o país na sua propriedade exclusiva e de sua clientela do que construir um país acolhedor, integrador, abrangente, enfim, um país de paz e de harmonia social, onde todos dão um pouco de si e colhem a parcela correspondente dos seus frutos", acusa o partido.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu cabeça-de-lista, João Lourenço, venceram as eleições gerais de 23 de agosto último, com 61% dos votos, mas perdendo para a oposição 25 deputados, face ao mandato anterior, ficando com 150 eleitos à Assembleia Nacional, mas mantendo a maioria qualificada no parlamento.

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