OE2018: Mário Centeno diz que alterações terão de seguir princípios de rigor orçamental
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 14 out (Lusa) -- O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse hoje que medidas como o aumento da derrama estadual para grandes empresas e o fim do corte no subsídio de desemprego terão de seguir os princípios de rigor orçamental.
Em conferência de imprensa para apresentar a proposta de Orçamento de Estado para 2018 (OE2018), Mário Centeno foi questionado sobre duas medidas que foram exigidas pelos parceiros sociais: o aumento para 7% da derrama estadual sobre as grandes empresas (com volumes de negócio superiores a 35 milhões de euros) e o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego após os seis meses de apoio.
Estas duas medidas não constam da proposta de lei entregue hoje à Assembleia da República, apesar de o primeiro-ministro, António Costa, ter admitido no parlamento o fim do corte de 10% no próximo ano.
Aos jornalistas, Mário Centeno não se comprometeu com a introdução destas medidas durante a discussão orçamental na especialidade, afirmando apenas que "todas as propostas que serão apresentadas durante o processo de especialidade terão a maior atenção".
"O equilíbrio que espero que no final da discussão na especialidade deste documento tenha tem de respeitar esta enorme vontade de todos os portugueses. Todas as alterações que forem feitas têm de respeitar estes princípios", afirmou o ministro.
Para o governante, os portugueses não querem arriscar falar de orçamentos retificativos, nem de derrapagens orçamentais, nem de sanções, nem de procedimento por défices excessivos e, por isso, defendeu, é necessário manter o rigor.
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