Pescadores exigem que EDP pague prejuízos que projeto eólico causou a barcos

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Porto Canal / Agências

Póvoa de Varzim, 05 de jun (Lusa) -- Os pescadores da Póvoa de Varzim contestaram hoje o facto de a EDP ainda não ter pagado os estragos que o projeto de energia eólica "windfloat" provocou a embarcações locais.

"São cerca de nove mil euros que a empresa deve aos pescadores há mais de dois anos e que ainda não foram pagos", explicou à Lusa o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM), após uma visita que a comissária Connie Hedegaard, responsável pela ação climática na Comissão Europeia, realizou junto do projeto denominado "windfloat" e que está localizado a seis quilómetros da costa.

José Festas explicou que esta situação se "arrasta há tempo demais" e lembrou que tudo aconteceu porque o projeto foi "mal sinalizado" no mar e "quatro embarcações embateram nas amarras e tiveram estragos avultados".

Segundo o também armador, os pescadores "falaram, na altura, com responsáveis da empresa que assumiram os prejuízos, mas, posteriormente, disseram que não iriam pagar, porque não havia provas que os prejuízos tivessem sido causados pelo 'Windfloat'".

Ora, José Festas não se conforma com esta postura e esta tarde abordou a comitiva à saída do barco que os transportou até ao mar de Aguçadoura e fez um ultimato ao presidente da EDP Inovação, António Vidigal, "ou os pescadores são ressarcidos, rapidamente, dos prejuízos, ou irão manifestar-se publicamente contra esta questão".

O presidente da APMSHM conclui dizendo que os pescadores "vivem com muitas dificuldades e que são pessoas de bem e que se foram lesados têm que ser compensados por isso. Não estamos a pedir nada que não seja justo".

Confrontando com esta situação, António Vidigal escusou-se a falar muito sobre o assunto, dizendo apenas que EDP "vai reunir com a associação" e que qualquer decisão que seja tomada "será comunicada apenas aos pescadores".

O sistema Windfloat, projeto da EDP Inovação, está instalado a seis quilómetros da costa na praia de Aguçadoura desde outubro de 2011 e produz energia para 1300 habitações, sendo a primeira plataforma offshore do mundo, num investimento de mais de 20 milhões de euros.

Esta plataforma permite a produção de energias limpas, gerando energia renovável.

MYV // MSP

Lusa/fim

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