Vila Nova de Gaia, 16 dez (Lusa) -- O presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, disse hoje haver uma "coincidência estratégica" sobre o papel do Centro de Produção do Norte da empresa com os presidentes das câmaras de Gaia, Matosinhos e Porto.

Os três presidentes de Câmara estiveram hoje reunidos com a administração da RTP, naquilo que foi o primeiro ato público da Frente Atlântica anunciada na semana passada, o que levou Alberto da Ponte a agradecer que tal tenha acontecido com a estação pública.

No final da reunião, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou aos jornalistas que as três autarquias estão empenhadas "em apoiar todas as estratégias de reforço do Centro de Produção do Norte e o quanto ele representa para a região", o que passa por "defender de forma preventiva aquele que vai ser o processo que conduzirá a um novo contrato de concessão e deixar bem claro que o novo contrato de concessão tem de prever um reforço deste centro de produção".

"Em segundo lugar, defender de uma forma muito clara que a RTP 2 tem que ser o canal residente e integralmente produzido a partir deste centro de produção, não ficando nada satisfeitos com uma solução que seja intermédia ou alternativa que não tenha mais-valias e depois, em terceiro lugar, deixar também claro que embora este centro de produção seja regional tem potencialidades para produzir (...) conteúdos de nível nacional", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues.

Por seu lado, Alberto da Ponte sublinhou que o conselho de administração "diligentemente levará o resultado desta reunião à tutela", garantindo que "houve coincidência estratégica naquilo que foi discutido entre o conselho de administração da RTP e o grupo composto pelos três presidentes".

O presidente do conselho de administração da RTP realçou que a "coincidência estratégica" ficou patente na questão da transferência da RTP 2 para o Centro de Produção do Norte e a ocupação do espaço na ordem das duas mil horas a partir de fevereiro.

"Houve um consenso e agora é preciso passar à ação e a ação será mais facilmente levada a cabo quando estiverem completados os contratos de concessão e os respetivos estatutos", referiu Alberto da Ponte.

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