PCP denuncia "sintonia" entre Governo e 'troika' para "novo ataque aos salários"

| Política
Porto Canal / Agências

Redação, 15 dez (lusa) -- O comunista Vasco Cardoso, membro da Comissão Política do PCP, considerou hoje que existe "sintonia e coordenação" entre o Governo e a 'troika' para "um novo ataque aos salários".

"Não estamos perante uma 'troika' que defende os credores e um Governo que defende o país, como habilidosamente procuram fazer crer", sustentou Vasco Cardoso num comunicado distribuído após uma conferência de imprensa em Lisboa, marcada para comunicar a posição do PCP sobre a 10.ª avaliação da 'troika'.

Para o comunista, "o que a realidade tem demonstrado é uma articulação, sintonia e coordenação na aplicação de uma política de traição nacional favorável aos interesses do grande capital nacional e estrangeiro".

Exemplo disso, segundo o membro da Comissão Política do PCP, é que "uma das questões centrais que está a ser articulada com o Governo no âmbito desta 10.ª avaliação é um novo ataque aos salários e um brutal agravamento da exploração de quem trabalha".

O PCP considera que Governo e 'troika' "preparam a facilitação e liberalização dos despedimentos e a liquidação da contratação coletiva", medidas que, "num contexto em que mais de um milhão e quatrocentos mil trabalhadores estão desempregados, traduzir-se-iam num retrocesso para níveis de exploração semelhantes aos dos tempos do fascismo em Portugal".

Para Vasco Cardoso, atendendo aos números do desemprego, à emigração 'forçada' e ao empobrecimento da população, "não pode haver nenhuma avaliação positiva do cinicamente chamado programa de assistência financeira".

O Partido Comunista considera que o país não pode esperar pelo fim do "chamado programa de assistência financeira" em junho do próximo ano ou pelo fim da legislatura em 2015, "como quer o PS", e exige a demissão do executivo e a convocação de eleições antecipadas.

Os responsáveis da missão da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) estão em Portugal desde 04 de dezembro para a 10.ª avaliação ao cumprimento do programa de ajustamento.

Esta será a antepenúltima avaliação deste programa de resgate, que termina em junho do próximo ano, e em causa estará mais um desembolso de 2,7 mil milhões de euros.

DP // ROC

Lusa/fim

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