Praia em Vila Verde interdita a banhos há um mês, Câmara contesta análises

| Norte
Porto Canal com Lusa

A delegada de Saúde Regional do Norte informou hoje que se mantém a interdição a banhos da praia fluvial do Faial, em Prado, Vila Verde, decretada há quase um mês e contestada pelos autarcas locais.

Atualizado 28-07-2017 13:25

"Informamos que se mantém a interdição do uso das águas para fins balneares, por ainda não haver evidência analítica de que a qualidade da água não põe em risco a saúde dos utilizadores", refere a delegada de Saúde, em resposta enviada à Lusa.

A praia fluvial do Faial está interdita a banhos desde 30 de junho, depois de análises que indicaram contaminação microbiológica da água com salmonelas.

Na sequência desta interdição, a Câmara de Vila Verde promoveu a colheita de água em dois pontos do rio, no mesmo dia, hora e local, enviando-a para análise no laboratório da Autoridade de Saúde e num laboratório particular contratado pelo município e certificado e acreditado para o efeito.

"Os resultados revelaram-se contraditórios, ou seja, positivo no laboratório da Autoridade de Saúde e negativo no laboratório que realizou as análises para o município. É pertinente colocar a seguinte questão: como é possível que laboratórios diferentes apresentem resultados diferentes com amostras de água colhidas no mesmo dia, hora e local?", insurgiu-se o presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela.

Na última segunda-feira, Vilela, em declarações aos jornalistas e citado pelo jornal local O Vilaverdense, disse ser "incompreensível" a manutenção da interdição e sugeriu mesmo à Autoridade de Saúde para recorrer a um outro laboratório certificado.

Hoje, em nota enviada à Lusa, a Administração Regional de Saúde do Norte vincou que o Laboratório Regional de Saúde Pública (LRSP) da região "pauta as suas funções por um elevado profissionalismo e zelo" e utiliza métodos "normalizados ou métodos internos, validados e devidamente documentados".

"Na seleção dos métodos a utilizar, o LRSP tem em conta a legislação nacional e comunitária, as normas internacionais, regionais ou nacionais e as especificações do fabricante do equipamento", acrescenta.

Aquando da interdição da praia do Faial, foi também colocada a bandeira vermelha na praia de Merelim, em Braga, que fica na margem contrária.

Há cerca de 10 dias, a Autoridade de Saúde levantou a interdição na praia de Braga.

"Esta situação revela-se muito estranha uma vez que quem acede ao rio pela margem esquerda, ou seja, no concelho de Braga encontra água própria para banhos, enquanto aqueles que decidirem ter acesso às mesmas águas pela margem direita, ou seja na praia fluvial do Faial no concelho de Vila Verde, encontram a bandeira vermelha", criticou António Vilela.

Segundo o autarca, esta situação "ainda se torna mais estranha na medida em que foi identificado um possível foco de contaminação que tem precisamente origem na margem esquerda".

O presidente da Junta de Freguesia de Prado, Paulo Gomes, já hasteou uma bandeira preta na praia do Faial, em forma de protesto e de luto pelos prejuízos decorrentes da impossibilidade de utilização daquelas águas parta banhos.

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